PF analisa discurso que comparou professores a traficantes

Eduardo proferiu o discurso em ato pró-armas a 600 metros do Congresso Nacional seis meses após os atos golpistas do 8 de Janeiro.

Foto: Pedro França/Agência Senado

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, determinou, nesta segunda (10), que a Polícia Federal (PF) apure os discursos proferidos em manifestação pró-armas em Brasília, neste domingo (9). O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comparou professores a traficantes de drogas.

O filho do ex-presidente participava do ato próximo ao Congresso Nacional, seis meses após a tentativa de golpe do 8 de janeiro. O objetivo, segundo o ministro, é apurar e identificar indícios de eventuais crimes.

O Encontro Nacional pela Liberdade foi organizado pelo Movimento Proarmas na Esplanada dos Ministérios, próximo à sede do legislativo. O grupo defende a posse e o porte de armas para cidadãos brasileiros. O lema do encontro foi “não é sobre armas, é sobre liberdade”.

“Determinei à Polícia Federal que faça análise dos discursos proferidos neste domingo em ato armamentista, realizado em Brasília. Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos”, disse o ministro da Justiça.

O deputado também fez críticas à CPI que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro. “Na CPI do 8 de janeiro, vi pró-armas recebendo um ataque e pessoas tentando vincular o pró-armas ao 8 de janeiro. Sabe o que isso significa? Que vocês estão fazendo um excelente trabalho”, falou o filho do ex-presidente.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) repudiou as falas de Eduardo. “Meu total repúdio à fala do Eduardo Bolsonaro que compara professores a traficantes de drogas. É um tipo de discurso fascista que só espalha ódio. Os professores são fundamentais para a construção do pensamento crítico e precisam ser respeitados. Isso não pode ficar impune”, disse a deputada.

Os ataques de Eduardo Bolsonaro contra os professores, no entanto, podem lhe custar o mandato. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) disse que vai entrar com uma ação contra o deputado no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

“Vamos entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Eduardo Bolsonaro. Esse insulto a todos os professores brasileiros não pode ficar impune!”, disse Boulos.

Leia também: Eduardo Bolsonaro é sócio de apoiadores do 8 de Janeiro

Leia também: Lula defende fim do ódio e campanha contra desigualdade no mundo

“Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nosso filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior”, disse Eduardo em cima de um carro de som.

O Encontro Nacional pela Liberdade foi organizado pelo Movimento Proarmas na Esplanada dos Ministérios, próximo à sede do legislativo. O grupo defende a posse e o porte de armas para cidadãos brasileiros. O lema do encontro foi “não é sobre armas, é sobre liberdade”.

“Determinei à Polícia Federal que faça análise dos discursos proferidos neste domingo em ato armamentista, realizado em Brasília. Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos”, disse o ministro da Justiça.

O deputado também fez críticas à CPI que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro. “Na CPI do 8 de janeiro, vi pró-armas recebendo um ataque e pessoas tentando vincular o pró-armas ao 8 de janeiro. Sabe o que isso significa? Que vocês estão fazendo um excelente trabalho”, falou o filho do ex-presidente.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) repudiou as falas de Eduardo. “Meu total repúdio à fala do Eduardo Bolsonaro que compara professores a traficantes de drogas. É um tipo de discurso fascista que só espalha ódio. Os professores são fundamentais para a construção do pensamento crítico e precisam ser respeitados. Isso não pode ficar impune”, disse a deputada.

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