Haddad e Pacheco se reúnem para tratar da reforma tributária no Senado
O ministro da Fazenda vai solicitar ao presidente do Senado que dê prioridade a votação do projeto que garante o voto de qualidade no Carf
Publicado 10/07/2023 13:33 | Editado 10/07/2023 18:21
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), receberá nesta terça-feira (10) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para debaterem a tramitação da proposta de reforma tributária naquela Casa.
O ministro vai solicitar ao senador que dê prioridades a votação do projeto que garante o voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), aprovado pela Câmara na última sexta-feira (7).
Sobre a reforma, Haddad vai defender que a proposta não receba alterações consideráveis para evitar o retorno dela à Câmara.
“A equipe econômica do governo pretende levar a Pacheco a supressão de alguns pontos específicos, que ainda não foram definidos. Essa modalidade de alteração, segundo o regimento do Congresso, não faz o texto voltar para a análise da outra Casa”, revelou o jornalista Gerson Camarotti, no seu blog no G1.
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Haddad diz que a reforma tributária não é uma proposta de governo, mas uma necessidade do país para economia e produtividade avançar.
“Essa maneira ultrapassada com que os tributos estão organizados atrapalha muito a indústria, o comércio, os serviços. Precisamos despolarizar essa discussão, despartidarizá-la. É um projeto de país que vai beneficiar a todos. Uma vitória para nós e para as próximas gerações”, escreveu o ministro no Twitter.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP), disse que a prioridade esta semana é para a escolha do relator do projeto do Carf e da reforma tributária.
“Uma das prioridades nossas, no âmbito do Senado é dialogarmos, sobretudo com o presidente do Senado para que nós possamos avançar e ter ainda nesta semana um relator”, disse ele à GloboNews.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS), aposta que o Senado pode concluir a votação da reforma em agosto, após o recesso parlamentar.
Paim destacou o clima de conciliação em torno da proposta e o empenho do presidente Lula, Haddad, Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O parlamentar destacou ainda a decisão de zerar os impostos sobre a cesta básica que terá alíquotas zero.
“Então, agora, de fato, espero eu que a alimentação chegue à mesa do brasileiro e que ele tenha direito a três refeições por dia: café, almoço e janta. Não é que vai resolver, mas vai ajudar muito a reforma nos moldes que está sendo aprovada”, afirmou.
Oposição
No senado, a oposição ao governo promete não ser resistente ao projeto. O senador Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil do Bolsonaro, disse ao programa Canal Livre deste domingo (9), na Band, que a votação não tem nada a ver com apoiar ou não o governo.
“Não podemos fazer uma reforma pensando em um governo. Isso é uma reforma para o país, são 50, 60 anos que se anseia por uma reforma tributária no nosso país e não é por conta de você estar apoiando ou fazendo oposição ao governo que vamos deixar de votar coisas que são importantes para a sociedade, para o país”, disse ele.