Projeção do PIB será elevada para 2,5% a 3% pelo Ministério da Fazenda

Sucessivos aumentos nas projeções relevam que o trabalho econômico do governo Lula tem dado resultados; estimativa foi dada por Guilherme Mello, secretário de Política Econômica

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou que a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) para 2023 deve crescer, ficando entre 2,5% e 3%.

 A boa notícia que referenda o bom momento que vive o Brasil foi dada durante a instalação da Comissão Temática de Assuntos Econômicos do ‘Conselhão’ e deve ser efetivada quando o Ministério da Fazenda apresentar o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, ao final do mês.

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“Nossa previsão inicial era de 2%, enquanto o mercado esperava menos de 1%. Mas este cenário será revisado para cima. Estamos mais próximos da realidade de crescimento de 2,5% a 3% esse ano”, disse Mello.

Não é a primeira vez que a Fazenda corrige para cima uma projeção. Em maio foi apontado um crescimento de 0,3% para o PIB que ficaria em 1,9%. No relatório de junho o número foi corrigido para 2%.

A elevação das estimativas não ocorre somente por parte da Fazenda nacional. O Banco Central (BC) já elevou de 1,2% para 2% a projeção do PIB, conforme Relatório de Inflação publicado no final de junho. As estimativas do BC levaram em conta o crescimento de 1,9% no PIB no primeiro trimestre do ano.

No mesmo sentido o Boletim Focus, publicado pelo BC com as perspectivas dos agentes do mercado financeiro, revela otimismo e elevou a projeção para 2,18%.

Ainda no início de junho, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o Banco Mundial, com perspectivas mais conservadoras e antes dos dados trimestrais apresentados pelo Brasil, também melhoram a perspectiva para o PIB brasileiro, para 1,7% e 1,2%, respectivamente. É provável que, em breve, corrijam novamente estes números a partir das melhoras e projetos apresentados pelo governo Lula.

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Mello ainda destacou a mudança no sistema de metas da inflação no último mês pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) como uma situação positiva e que contribui para a queda dos juros, assim como o novo arcabouço fiscal e o novo marco legal de garantias. Este último projeto tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e visa reformular as normas que regulamentam as garantias de empréstimos com a finalidade de reduzir o custo do crédito ao diminuir os riscos de inadimplência do devedor.

“Estão dadas as condições para um ciclo de harmonização entre a política fiscal e monetária. Estamos na expectativa de que esse ciclo se consolide o quanto antes”, disse Mello.

*Com informações Agência Brasil