Conselho Monetário Nacional deve manter meta da inflação com prazo maior
A expectativa, segundo técnicos do Ministério da Fazenda consultados pela imprensa, é que o CMN estabeleça uma “meta contínua”
Publicado 28/06/2023 17:09 | Editado 29/06/2023 14:20
Formado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne nesta quinta-feira (29) para discutir um prazo maior como referência para as metas inflacionárias.
Atualmente, as metas são 3,25% e 3% para 2024 e 2025 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. A meta é fixada para o período de janeiro a dezembro de cada ano.
Na reunião, o Conselho discutirá a meta de 2026 e uma possível revisão nas que já estão estabelecidas.
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A expectativa, segundo técnicos do Ministério da Fazenda consultadas pela imprensa, é que o CMN estabeleça uma “meta contínua”, ou seja, sem deixar fixo no calendário, o que daria mais flexibilidade ao BC para executar a política de juros.
Também acreditam que a meta de inflação não será alterada, pois um dos objetivos é pressionar o BC a reduzir a taxa de juros em agosto para melhorar o ambiente econômico.
Para se ter uma ideia, depois que o presidente Lula cogitou o aumento da meta para 4% a fim de reduzir juros, o mercado financeiro elevou as projeções de inflação para os próximos anos.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que manteve a taxa de juros escorchantes de 13,75%, também usou a ata de sua última reunião para pressionar o governo a não mexer na meta de inflação de 3% para os próximos dois anos.