Moscou diz ter derrotado contraofensiva “em larga escala” da Ucrânia

O Ministério da Defesa da Rússia informou que as forças ucranianas tentaram montar uma ofensiva em larga escala na parte sul da República Popular de Donetsk. Em comunicado, o ministério disse que no domingo (4) as tropas ucranianas tentaram atacar as forças russas usando seis batalhões mecanizados e dois batalhões de tanques. No entanto, acrescentou que o ataque fracassou como resultado das ações do agrupamento militar ‘Leste’, bem como devido a ataques aéreos e fogo de artilharia perto dos assentamentos de Neskuchnoye e Novodarovka, ambos a cerca de 100 km a oeste de Donetsk, tendo as forças ucranianas tido “perdas significativas”. Como resultado do ataque fracassado, nas últimas 24 horas a Ucrânia perdeu até 300 militares, 16 tanques, 26 blindados e 14 veículos comuns, diz o comunicado. “O inimigo falhou em cumprir seus objetivos”, concluiu o ministério.

A versão da mídia hegemônica sobre a contraofensiva da Ucrânia

A mídia hegemônica tem sido tímida em noticiar os fatos relacionados a esta suposta “ofensiva em larga escala” da Ucrânia que teria sido frustrada, o que parece corroborar que algo adverso aos planos ucranianos aconteceu. A agência Reuters informa a versão russa e diz que “o ministério da defesa ucraniano e os militares não responderam imediatamente aos pedidos por escrito de comentários”, acrescentando “que o comandante das forças terrestres da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, disse na segunda-feira que as forças ucranianas continuaram ‘avançando’ perto da cidade de Bakhmut, no norte de Donetsk. Ele não fez comentários sobre a contraofensiva. O relatório diário do Estado-Maior da Ucrânia disse apenas que houve 29 confrontos nas regiões de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia. O Centro de Comunicações Estratégicas da Ucrânia não abordou a declaração russa diretamente, mas disse, sem fornecer provas, que a Rússia tentaria espalhar mentiras”. A Reuters acrescenta ainda que “não ficou imediatamente claro se o ataque representou ou não o início de uma contraofensiva ucraniana que Kiev promete há meses”. A se confirmar o fracasso da tão aguardada contraofensiva ucraniana, seria um revés talvez fatal para o presidente Zelensky que recebeu bilhões de dólares em dinheiro e armas, muitos dos quais fontes diversas apontam que são desviados para a corrupção dos altos escalões ucranianos. Para piorar a situação, além de o comandante-em-Chefe das Forças Armadas ucranianas, Valery Zaluzhny, estar gravemente ferido, e segundo algumas notícias permanentemente incapacitado, agora circula também a informação de que o chefe da inteligência da Ucrânia, Kirill Budanov, que não aparece em público desde o dia 29/5, está morto devido aos ataques com mísseis que Moscou realizou contra a sede da inteligência ucraniana. No entanto, o Centro Ucraniano de Combate à Desinformação chamou esses rumores de falsos.

111 anos do PC do Chile: Unidade para vencer o fascismo

Neste domingo o Partido Comunista do Chile completou 111 anos de uma atuação heroica em defesa dos trabalhadores e do socialismo. Um ato político-cultural foi realizado no “Teatro Coliseo”, em Santiago, lotado por uma militância entusiasmada sob a consigna “Unidade Política para Lutar com o Povo e deter o fascismo”. O presidente da histórica legenda, Guillermo Teillier, ainda se recuperando de um problema de saúde, enviou uma carta ao evento onde assinala: “a unidade do nosso partido tem sido fundamental para resistir a tempos difíceis, perseguições, ditaduras e até ilegalidades, como aconteceu com a ‘lei maldita’. A unidade de ação tem sido nossa principal força e ferramenta para o avanço de nossa política, que busca a justiça e uma vida melhor para nosso povo. Nossos companheiros e companheiras têm sido promotores desta luta ao longo da história e de diferentes gerações (…) e com todos eles no coração, continuaremos lutando e mil vezes venceremos”. Para a Secretária de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Ana Prestes, os 111 anos do PC do Chile representam “um patrimônio inestimável da luta dos trabalhadores latino-americanos. O PC do Chile tem uma trajetória repleta de coragem e ensinamentos valiosos, ao mesmo tempo em que ousadamente aponta para o futuro socialista”.

Aumentam os “incidentes” no estreito de Taiwan

Os EUA e seus aliados vem fazendo repetidas provocações contra a China no Mar do Sul da China e no Estreito de Taiwan. Neste domingo, a Marinha dos EUA divulgou um vídeo do que chamou de “interação insegura” no Estreito de Taiwan, em que um navio de guerra chinês cruzou na frente de um contratorpedeiro americano. Os militares dos EUA disseram que o USS Chung-Hoon, um contratorpedeiro, e a HSMC Montreal, uma fragata do Canadá, estavam realizando um trânsito “rotineiro” no estreito no sábado (3), quando o navio chinês cortou na frente do navio dos EUA, chegando a 150 jardas (137 metros). “As medidas tomadas pelos militares chineses são completamente razoáveis, legítimas, profissionais e seguras“, disse Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China. “Os EUA causaram problemas e provocações primeiro, enquanto a China lidou com isso de acordo com a lei e os regulamentos depois“, disse Wang em entrevista coletiva regular nesta segunda-feira (5), quando questionado sobre o vídeo divulgado pela Marinha dos EUA.

“Incidentes” no estreito de Taiwan – Diálogo Obstruído

Enquanto isso, o Ministro da Defesa chinês, general Li Shangfu, em seu discurso em público durante uma cúpula de segurança também nesta segunda-feira, destacou que os EUA têm “mentalidade da Guerra Fria” e disse que isso “aumentava muito os riscos de segurança“. Shangfu afirmou que a China não permitirá que as patrulhas navais dos EUA e seus aliados sejam “um pretexto para exercer hegemonia da navegação“. Questionado sobre o incidente no Estreito de Taiwan, ele disse apenas que países de fora da região estavam provocando tensões. Contudo, ressaltou que “o mundo é grande o suficiente para a China e os EUA coexistirem, e que as duas superpotências devem buscar pontos em comum” pois uma guerra entre os dois países seria “um desastre insuportável para o mundo”. Pequim rejeitou um pedido dos EUA para que os dois países realizem negociações militares diretas. Um dos obstáculos é que justamente o general Li Shangfu foi alvo de uma sanção emitida pelos EUA em 2018 devido à compra de armas da Rússia. Enquanto tal sanção contra o Ministro Defesa não for retirada, fica claro que o caminho do diálogo está obstruído. As duas últimas notas foram redigidas apoiando-se em informações da Reuters e da BBC.

Investidores pessimistas com a economia europeia

Agências de notícias informam que os investidores ficaram mais pessimistas com as perspectivas para a economia da zona do euro em junho, pressionados pelas expectativas negativas para a Alemanha, a maior economia da Europa. A empresa de análise econômica Sentix disse que sua pesquisa mensal sobre a opinião dos investidores nos 20 membros da zona do euro, que mede se as expectativas dos investidores são positivas ou negativas em relação às perspectivas de crescimento, caiu para 17 pontos negativos em junho, ante 13,1 negativos em maio. Segundo a empresa “não importa o quanto o ministro federal da Economia (alemão) tente afirmar algo diferente, mas a história que ele está escrevendo não é um conto de fadas de verão e afeta toda a Europa“, disse a empresa responsável pela pesquisa. A pesquisa com 1.197 investidores foi realizada entre 1 e 3 de junho.

Câmara terá instalação do Grupo de Amizade Brasil-Saara Ocidental

O Embaixador Ahamed Mulay Ali, representante da República Árabe Saarauí Democrática (RASD) no Brasil, convida os internacionalistas solidários com este valente povo, que luta contra a criminosa ocupação marroquina, a prestigiarem a instalação do Grupo de Amizade Brasil-Saara Ocidental, no auditório da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados, nesta terça-feira (6), às 14h. A iniciativa da criação do grupo é da Deputada Federal Érica Kokay, do PT-DF.

China declara apoio à Argentina no Brics

Após uma visita de quatro dias à China do ministro da economia da Argentina, Sergio Massa, o país asiático declarou formalmente seu apoio à entrada da Argentina no Brics, informa a mídia local. Neste sábado, último dia da viagem, foi anunciado também um plano de obras que soma mais de R$ 14,8 bilhões em investimentos chineses na Argentina, incluindo acordos para abertura de mercados agrícolas. Além disso, haverá agora um primeiro voo direto entre os dois países, ainda este ano, e a redução do processo de visto para uma semana além da permissão para o uso, por parte dos turistas chineses, do yuan nos meios eletrônicos de pagamento argentinos, no limite de R$ 49,5 bilhões.