Presidente do Equador desiste de disputar nova eleição presidencial em agosto
Pesquisas recentes apontam Lasso com 80% de rejeição e atrás dos seus principais oponentes nas pesquisas. Lasso dissolveu o parlamento depois de derrotas.
Publicado 03/06/2023 17:27 | Editado 05/06/2023 17:28
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, anunciou nesta sexta (2) que não concorrerá às eleições marcadas para agosto. A decisão de não disputar o pleito ocorre após publicação de pesquisas mostrarem que o ex-banqueiro é mal avaliado pelos equatorianos e estaria atrás de seus principais concorrentes.
Segundo a pesquisa, o ex-banqueiro tem 80% de rejeição entre a população do Equador. Em 2021, Lasso tinha aprovação de 74%, antes de escândalos de corrupção em empresas estatais.
O presidente está atrás de todos os seus principais oponentes nas intenções de voto para a corrida presidencial, marcada para 20 de agosto (1º turno) e 15 de outubro (2º turno). Até lá, Lasso comanda o país por meio de decretos.
Os mandatos vencidos após as novas eleições valerão apenas para o restante do mandato original do atual governo.
Lasso é um dos atores centrais na crise política instalada no país, após ser acusado de ter cometido crime de peculato na gestão da estatal de navegação Flota Petrolera Ecuatoriana (Flopec), entre 2018 e 2020.
O Congresso decidiu abrir o segundo processo de impeachment contra o ex-banqueiro, em 16 de maio. Diante da provável condenação pelo legislativo, o presidente equatoriano acionou o decreto 741, a “morte cruzada”.
O mecanismo previsto na Constituição permite o presidente dissolver a Assembleia Nacional e antecipar eleições presidenciais e legislativas.