Rússia coloca senador dos EUA na lista de procurados
Em visita a Kiev na sexta (26), o republicano Lindsey Graham disse a Zelensky que “os russos estão morrendo, é o melhor dinheiro que já gastamos”
Publicado 29/05/2023 15:51 | Editado 30/05/2023 14:45

A Rússia colocou o senador americano Lindsey Graham na lista de procurados. Segundo a agência de notícias russa Tass, o Ministério do Interior ordenou processo criminal contra o republicano por comentários russofóbicos.
Na sexta (26), o senador esteve reunido com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e oficiais da Defesa do país, em Kiev, para prestar apoio na guerra com a Rússia. Desde o início do conflito, foi a terceira vez que o republicano eleito pela Carolina do Sul visitou o país.
Naquele mesmo dia, Graham disse: “nunca estive tão otimista quanto à capacidade dos ucranianos de partir para o ataque e recuperar seu território dos russos”.
Mais tarde, no entanto, Zelensky publicou o vídeo do encontro onde é possível ouvir o Graham dizer que “os russos estão morrendo” e que o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia foi o “melhor dinheiro que já gastamos”.
No vídeo, editado e publicado pelos ucranianos é possível ouvir o seguinte diálogo:
– Houve um tempo nos EUA em que estávamos assim, lutando até a última pessoa: seríamos livres ou morreríamos – disse o senador americano
– Agora vocês são livres e nós seremos um dia – respondeu Zelensky
– E os russos estão morrendo. [corte, edição] É o melhor dinheiro que já gastamos – retrucou Graham
Os Estados Unidos já doaram US$38 bilhões de dólares em ajuda militar à Ucrânia desde o começo da guerra, em fevereiro de 2022. Hoje (29), no Twitter, o republicano disse que usará “o mandado de prisão emitido pelo governo corrupto e imoral de Putin como uma medalha de honra”.
No domingo (29), o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, comentou que “é difícil imaginar vergonha maior para um país do que ter senadores como esse”.
Graham é um dos 200 congressistas americanos proibidos de entrar na Rússia. Ao todo, são 500 americanos proibidos pelo governo russo de entrar no seu território, incluindo o ex-presidente Barack Obama.