Prévia do PIB tem alta de 2,41% no primeiro trimestre do ano
Com o resultado “surpreendente”, a Fazenda já admite elevar as projeções do crescimento econômico. O resultado oficial do PIB será divulgado no dia 1º de junho.
Publicado 19/05/2023 12:29 | Editado 19/05/2023 15:22
O Banco Central informou, nesta sexta (19), que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a prévia do PIB, teve alta de 2,41% no primeiro trimestre deste ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já admite que o crescimento econômico em 2023 pode ser maior que o projetado anteriormente.
O índice de março registrou uma queda de 0,15% em relação a fevereiro. As projeções do mercado anunciavam uma retração de 0,30%. Na comparação com março de 2022, a atividade econômica do país teve alta de 5,46%.
O resultado oficial do Produto Interno Bruto (PIB) será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 1º de junho.
O indicador do BC é diferente do IBGE, uma vez que o IBC-Br não estima a demanda, tal como o PIB faz, mas as estimativas da agropecuária, dos serviços, da indústria e o impacto dos impostos.
O índice pode refletir mais aperto monetário pelo Banco Central. Isto porque o IBC-Br é levado em consideração na hora do Comitê de Política Monetária (Copom) definir a taxa Selic. A próxima reunião do Copom está marcada para o dia 21 de junho.
Os recentes indicadores da economia surpreenderam positivamente os especialistas e o mercado.
O ministério da Fazenda, através da Secretaria de Política Econômica (SPE), vai antecipar as projeções econômicas. O Boletim MacroFiscal, da SPE, vai ser publicado na próxima segunda-feira.
“[O PIB] deve crescer perto de 2% neste ano (o PIB) segundo projeções da Secretaria de Política Econômica. A Secretaria está reprojetando o crescimento para 1,9%. O trimestre foi relativamente bom, surpreendeu os economistas e a gente entende que temos condições de fechar o ano com crescimento entre 1,8% e 2%”, disse Haddad, ontem (19).
Perguntado sobre o aumento do desemprego para 8,8% no 1º trimestre, o ministro da Fazenda ponderou que o índice é menor do que o mesmo período do ano passado. Haddad ainda lembrou aos jornalistas que a economia ainda está desacelerando por causa da política monetária do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
“A taxa de juro subiu a 13,75% no Brasil e vamos completar quase um ano. A julgar que teremos um Copom só no final de junho, já temos quase um ano de uma taxa de juro real bastante expressiva. Então é natural que a economia sofra uma desaceleração. Ela cresceu 5%, 3% e deve crescer perto de 2% esse ano, segundo Projeções da Secretaria de Política Econômica”, disse Haddad.