Governo Bolsonaro incinerou 39 milhões de doses de vacinas
Entre as vacinas que venceram e tiveram que ser incineradas está a pentavalente, em falta em todo o mundo; prejuízo é estimado em R$ 170 milhões
Publicado 20/04/2023 18:11 | Editado 21/04/2023 10:59
Mais um capítulo sobre a péssima gestão da Saúde sob o governo Bolsonaro foi revelado. De acordo com dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação foi observado que o Ministério da Saúde durante o governo Bolsonaro, 2019 e 2022, incinerou mais de 39 milhões de doses de vacinas.
As vacinas foram incineradas pela péssima gestão de recursos que permitiu que os medicamentos passassem da validade.
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Como informa o g1, entre as vacinas vencidas estavam mais 3 milhões de doses da pentavalente, em falta no Brasil e no mundo desde 2019.
Veja as cinco vacinas mais desperdiçadas pelo governo Bolsonaro:
- Vacina Pentavalente (1 dose): 3.884.309
- Vacina Dupla Viral (sarampo e rubéola) (10 doses): 1.015.908
- Vacina contra hepatite B (10 doses): 596.860
- Vacina BCG (20 doses): 497.830
- Vacina Tríplice Viral (5 doses): 321.284
O valor total estimado com este prejuízo é de R$ 170 milhões.
A situação é tão grave que na passagem de governo a gestão anterior deixou vacinas prestes a vencer, logo em janeiro de 2023, o que fez com que o atual governo ainda incinerasse doses de vacinas, principalmente contra a Covid-19.
Segundo a atual secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, o governo já identificou os contratos para fazer trocas de vacinas próximas ao vencimento e o Ministério da Saúde também trabalha em um plano chamado “Estoque Crítico” para catalogar todos os medicamentos que vencerão até 2023 e distribuí-los de forma mais eficaz.
Outra frente para combater o desperdício é reverter o atual quadro antivacina disseminado no país. O estímulo à vacinação já é uma das bandeiras do novo governo que precisa aliar o maior comparecimento das famílias aos postos de vacinação com os estoques de medicamentos, para que não faltem doses ao mesmo tempo que não ultrapassem o prazo de validade.
*Com informações g1