Bolsonaro reduziu em 96% orçamento para cisternas
Importante programa para auxiliar famílias no enfrentamento às secas foi ‘abandonado’ pela gestão do ex-presidente
Publicado 05/03/2023 10:00 | Editado 06/03/2023 19:47
Diversas regiões do interior do Brasil têm nas cisternas o principal recurso para o enfrentamento dos períodos de seca. Este importante equipamento que é responsável por armazenar água para milhares de famílias ao longo do ano, em especial no Nordeste, faz parte de um programa do governo federal que foi dilapidado com a gestão Bolsonaro.
O Programa de Cisternas foi implementado no primeiro governo Lula e teve o seu auge em 2014, sob Dilma Rousseff. A fundamentação do projeto foi o programa Um Milhão de Cisternas que teve um grande sucesso durante as gestões do PT. No ano em que mais foram instaladas cisternas o número de reservatórios entregues pela ex-presidenta chegou a 149 mil.
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Já com o governo de Jair Bolsonaro, a redução do orçamento do programa foi de 96% em comparação com 2014, como informa a Folha de São Paulo.
Com base em outra reportagem do jornal, que revelou que famílias foram enganadas e teriam que pagar parte da construção das cisternas, o Ministério do Desenvolvimento Social informou que iria investigar o caso e rever os contratos do governo anterior.
Em reportagem do Uol de setembro de 2022, acusações no mesmo sentido já haviam sido feitas. Na ocasião, o site revelou que o orçamento destinado pelo governo Bolsonaro para instalação de cisternas em 2023 pagaria somente 500 reservatórios a um preço médio de 5 mil reais.
Agora, com o governo Lula, o projeto Água Para Todos, que inclui as construções de cisternas, será retomado.
Programa Um Milhão de Cisternas
O programa Um Milhão de Cisternas, criado pela ASA (Articulação do Semiárido), passou a ser financiado, a partir de 2003, pelo governo federal, na época do primeiro mandato de Lula como presidente. A meta do programa (Um Milhão de Cisternas) foi atingida em 2014, mas as construções continuaram até que, agora, os recursos destinados por Bolsonaro inviabilizaram novas construções.
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Somada às cisternas para a produção agropecuária, os governos de Lula e Dilma indicam terem construídos 1,4 milhão de equipamentos para armazenamento de água.