Siglas que apoiaram bolsonarista à presidência do Senado estão isoladas

São elas: PL, PP e Republicanos. As presidências das 14 comissões devem ficar com os partidos que deram apoio à reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

Plenário do Senado - Marcos Oliveira/Agência Senado

O PL, de Bolsonaro, mais PP e Republicanos, que tentaram eleger o ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN) na presidência do Senado, estão isolados e devem ficar fora do comando das 14 comissões da Casa.

As presidências dos colegiados devem ficar sob o comando dos dois maiores blocos: MDB, União Brasil, Podemos, PSDB, PDT e Rede, com 30 parlamentares, e PSD, PT e PSB, com 28. Ambos apoiaram a reeleição do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

De acordo com O Globo, os três colegiados mais cobiçados são a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que deve ficar com Davi Alcolumbre (União-AP); a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), cujo acordo é que seja comandada por Vanderlan Cardoso (PSD-GO); e a Comissão de Relações Exteriores (CRE), que o MDB avalia indicar Renan Calheiros (MDB-AL).

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Por conta da eleição para a presidência, os senadores do bloco conhecido como Centrão também ficaram sem representante na Mesa, o mesmo pode acontecer no comando das comissões cujas eleições estão marcadas para depois do carnaval.

Até mesmo integrantes dos partidos que deram apoio a Marinho reconhecem o isolamento. O ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) diz que há uma articulação para impedir que as três legendas não prevalecessem com as comissões.

“Nós do Republicanos teríamos a décima escolha. Tenho escutado que não seguirão, assim como na escolha da mesa. Desconhecem o que é ser magnânimo”, afirmou.

“Parlamentares dos grupos que apoiam Pacheco dizem que já há um acordo para dividir todas as comissões entre os partidos dos dois maiores blocos. Reservadamente, eles admitem a possibilidade de um senador de oposição presidir uma comissão, mas somente de se fazer parte de um dos partidos dos maiores blocos, como é o caso do PSDB e Podemos”, revelou reportagem do jornal carioca.

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