Ministra Luciana Santos anuncia Ricardo Galvão como novo presidente do CNPq

Galvão será responsável por coordenar área de financiamento de bolsas de pesquisas do MCTI. A cerimônia de nomeação será nesta terça, 17

Legenda: O físico Ricardo Galvão é membro da Academia Brasileira de Ciências. Foto: Divulgação

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciará oficialmente o novo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, em cerimônia que será realizada hoje, 17, às 15 horas, no auditório do CNPq, em Brasília.

Ricardo Galvão é professor de Física do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) desde 1983. Formado em engenharia de telecomunicações pela Universidade Federal Fluminense (UFF), doutor em Física de Plasmas Aplicada pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na tradução do inglês).

Foi diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (de 2004 a 2011), diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2016-2019), presidente da Sociedade Brasileira de Física (2013-2016) e integrante do Conselho Científico da Sociedade Europeia de Física (2013-2016). Atualmente, compõe a Academia de Ciências do Estado de São Paulo e a Academia Brasileira de Ciências.

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Como diretor do Inpe, cargo que ocupou até 2019, ele foi designado no mesmo ano, pela revista Nature, como o primeiro nome da lista das dez pessoas mais importantes para a ciência. Em 2021, recebeu o Prêmio da Liberdade e Responsabilidade Científica da Associação Americana para o Avanço da Ciência.

Relatório sobre desmatamento na Amazônia

O ex-diretor do Inpe foi demitido em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro após divulgar relatório sobre o crescimento do desmatamento na Amazônia. Ele trabalhava na instituição desde os anos de 1970.

Vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o CNPq é a principal agência de estímulo à pesquisa científica e de formação de pesquisadores nas mais diversas áreas do conhecimento, com mais de 80 mil bolsistas em universidades e institutos do país e no exterior.

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A ministra Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação, foi entrevistada pelo programa A Voz do Brasil. Foto:  Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Em entrevista a Voz do Brasil na última sexta-feira (13), a ministra ressaltou que os pesquisadores de mestrado e doutorado recebem atualmente bolsas de R$ 1.500 e R$ 2.200, respectivamente e salientou que essas importâncias não tiveram reajuste desde 2013. Assim, ela sinalizou que a pasta pretende reajustar esses valores.

Em encontro com o presidente Lula no último dia 14, a ministra Luciana Santos destacou que o assunto foi pauta de debate. Além das bolsas do CNPq também foi discutido os recursos destinados à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

“Nós estamos fazendo este estudo junto com Camilo Santana, que é ministro da Educação, com uma perspectiva de fazer um reajuste das bolsas, que estão congeladas há nove anos. Há uma determinação do presidente nesta direção. Vamos anunciar o montante e como se vai dar esse aumento o mais breve possível”, disse a ministra.

Com agências

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