Neuza Back: árbitra brasileira compõe 1º trio feminino na Copa
A árbitra assistente já participou de 100 jogos do Campeonato Brasileiro e agora compõe o trio feminino que comandará partida entre Costa Rica e Alemanha no Catar nesta quinta (1º)
Publicado 01/12/2022 12:52 | Editado 01/12/2022 14:01
O primeiro trio feminino de arbitragem da história de uma Copa do Mundo irá estrear no Mundial do Catar. E contará com a presença da brasileira Neuza Inês Back na partida entre Costa Rica e Alemanha, nesta quinta-feira (1º/12), às 16 horas, pelo Grupo E.
Neuza Back, como é mais conhecida no futebol brasileiro, é considerada uma das principais assistentes de arbitragem do país, somando mais de 100 partidas apitadas no Campeonato Brasileiro da Série A, além de jogos da Copa do Brasil e da Copa Libertadores.
Natural de Saudades, no Oeste de Santa Catarina, a árbitra auxiliar de 38 anos, fará história na Copa do Mundo do Catar. Formada em Educação Física, Back fez o curso de arbitragem em 2008 e foi considerada a melhor aluna da turma. Ela participou de jogos do Campeonato Catarinense e, no ano seguinte, começou a atuar na Série A do Campeonato Brasileiro masculino. Em 2014, ela se tornou árbitra assistente da Fifa.
Antes de chegar na Copa do Catar teve experiência em outras competições internacionais, como o Mundial de Clubes de 2020 e os Jogos Olímpicos Rio 2016. Também foi pioneira ao integrar a primeira equipe totalmente feminina a atuar no Mundial de Clubes da Fifa e na Libertadores.
Logo após o anúncio de que estaria na Copa do Catar, Neuza deu uma entrevista no programa ‘Encontro’, da Globo, e falou sobre a sensação ao receber a notícia de que integraria o corpo de árbitros do torneio mais importante do mundo do futebol. “Todo árbitro quando entra no curso de arbitragem, o sonho é a Copa do Mundo. Para mim não era diferente. Sendo mulher, seria um pouco mais difícil. Passou pela cabeça todas as escolhas, todas as sensações”, declarou.
Após a convocação do trio feminino pela Fifa, a também árbitra brasileira Edina Alves Batista, disse ao Globo que esse jogo “representa muito para arbitragem feminina do mundo e para todas as mulheres. Está mostrando que a mulher pode estar em qualquer lugar, que podemos estar em todos os espaços e podemos fazer o que amamos. A cada dia as coisas estão melhorando para nós na arbitragem e na sociedade”.
Segundo o veículo, Edina também concorria a uma das vagas na Copa masculina. A brasileira tinha sido a primeira árbitra num torneio masculino profissional da Fifa, no Mundial Interclubes de 2021, ao lado da argentina Mariana de Almeida e da compatriota Neuza Back. E apesar de não ter sido convocada agora ela também se realiza com a conquista da amiga Neuza, a quem confere o status de “melhor assistente do mundo”.
“Tenho conversado com a Neuza todos os dias. Ela está muito feliz, não se cabe em si de tanta felicidade. É uma conquista dela. Era um sonho, depois se tornou um objetivo e hoje é uma realidade. A Neusa se resume pela competência e determinação”, afirma Edina com a certeza que ela fará um ótimo jogo. – Ela tem um índice de acerto inacreditável.”
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com informações de agências