Programa de Lula visa combater o endividamento que atinge 8 em cada 10 famílias
Número de inadimplentes no Serasa bate recorde de 66 milhões de pessoas; Lula se compromete com proposta de Ciro Gomes para renegociação de dívidas.
Publicado 05/10/2022 20:51 | Editado 07/10/2022 11:25
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou que oito em cada dez famílias brasileiras estão endividadas. Somado a este dado, o Serasa já havia divulgado que 66 milhões de pessoas estão inadimplentes. Este número divulgado é recorde negativo para o país.
Nesse sentido, a campanha do ex-presidente Lula (PT) tem divulgado propostas para criar mecanismos de renegociação de dívidas. Inclusive, a renegociação das dívidas dos brasileiros junto ao SPC (serviço de proteção ao crédito) foi uma das solicitações que a campanha de Ciro Gomes (PDT) fez para os coordenadores de campanha de Lula pelo apoio dado ao ex-presidente no 2º turno.
De acordo com a campanha de Lula, o programa Desenrola Brasil visa renegociar débitos para que as pessoas possam limpar seus nomes. Para isso, em dívidas no comércio ou em contas do dia a dia, ou seja, não bancárias, o governo irá criar um fundo garantidor de crédito. Assim, os credores participantes têm a garantia de recebimento, em troca oferecem melhores descontos para quem quer saldar o débito.
No caso das dívidas bancárias, a proposta de campanha de Lula é criar condições para descontos e prazos para pagamento no cartão de crédito, cheque especial e crédito pessoal por meio de depósitos compulsórios do Banco Central. A ideia é dar mobilidade ao dinheiro depositado pelos bancos para que as instituições públicas e privadas possam renegociar dívidas.
No mês de setembro, em encontro com dirigentes da Coligação Brasil da Esperança, em São Paulo (SP), Lula falou sobre a importância do povo pagar as contas de casa, como luz, telefone, internet, carnês de loja ou prestações da casa ou do carro:
“O povo quer resolver o problema da sua dívida. O povo quer resolver o problema do seu desemprego. O povo quer resolver do problema de acabar com a economia informal porque ele quer ser cidadão pleno, quer voltar a sorrir e a comer nesse país.”