Lula insistirá no comparecimento dos eleitores às urnas no segundo turno

A campanha do ex-presidente Lula continuará insistindo na necessidade do comparecimento dos eleitores às urnas no segundo turno. Nesse primeiro turno, foi registrada uma abstenção de 20,93%, a maior desde 1998 e dos últimos 24 anos. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 32 milhões de eleitores não votaram nessa primeira etapa. Em 2018, a abstenção foi de 20,3%.

Especialistas avaliam que essa ausência de eleitores é maior nas camadas de baixa renda e escolaridade, que têm preferência pela candidatura Lula.

O ex-presidente vem insistindo na necessidade do comparecimento. “Qual o problema de a gente não votar? Se a gente não votar, perde autoridade moral de cobrar. Então, vejam, é importante comparecer. A gente não pode ter 20% de abstenção, 10% de voto nulo. É importante a gente convencer nesses próximos dias cada pessoa a ir votar. Compareçam e votem”, declarou Lula num ato em São Paulo.

Por outro lado, a campanha de Bolsonaro conta com o aumento da abstenção no segundo turno, sobretudo no Nordeste, e a conquista de mais votos no Sudeste para tirar a diferença dos seis milhões de votos a favor de Lula no primeiro turno.

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“De acordo com um estrategista do núcleo duro do governo, o fato de o pleito ter sido decidido já em primeiro turno em estados em que Lula teve votação estrondosa contribuiria para a desmobilização do eleitorado”, revelou a colunista do UOL Mônica Bergamo.

Na visão dos bolsonaristas, sem campanhas para o parlamento as pessoas seriam desestimuladas a comparecer aos locais de votação.

“Economistas e estatísticos ligados ao governo e que estão engajados na campanha de Bolsonaro calculam que, do total, 70% dos que faltarem votariam em Lula, e 30%, no presidente. Isso porque a abstenção em geral é maior entre eleitores de baixa renda, universo em que Lula tem mais votos”, explicou a jornalista.

Confira a abstenção por Estado:

NORTE

Amazonas – 20,05%
Acre – 22,35%
Amapá – 19,52%
Pará – 21,27%
Rondônia – 24,64%
Roraima – 16,07%
Tocantins – 18,64%

NORDESTE

Alagoas – 22,29%
Bahia – 21,26%
Ceará – 17,43%
Maranhão – 21,91%
Pernambuco – 18,09%
Paraíba – 17,29%
Rio Grande do Norte – 18,16%
Sergipe – 18,34%

CENTRO-OESTE

Distrito Federal – 17,54%
Goiás – 21,71%
Mato Grosso – 23,73%
Mato Grosso do Sul – 22,09%

SUDESTE

Espírito Santo – 20,75%
Minas Gerais – 22,23%
Rio de Janeiro – 22,73%
São Paulo – 21,61%

SUL

Paraná – 19,47%
Rio Grande do Sul – 19,78%
Santa Catarina – 18,43%