Datafolha Bahia: Jerônimo (PT) cresce 12 pontos e ACM Neto (União) cai 5
Nas vitórias de Jaques Wagner (2006) e de Rui Costa (2014) ambos estavam atrás nas pesquisas de intenção de voto e venceram ainda no 1º turno.
Publicado 15/09/2022 13:36 | Editado 15/09/2022 17:38
Divulgada na quarta-feira (14), pesquisa Datafolha sobre a eleição para o governo da Bahia mostra a redução da vantagem de ACM Neto (União Brasil) sobre Jerônimo (PT). Enquanto o ex-prefeito de Salvador caiu para 49% das intenções de voto, o candidato apoiado pelo ex-presidente Lula (PT) e pelo governador Rui Costa (PT) subiu para 28%.
A queda de ACM de 5 pontos se refere a última pesquisa do instituto, divulgada em 24 de agosto, quando marcou 54%. Enquanto isso, Jerônimo subiu 12 pontos, passando de 16% para 28%.
Confira os números totais da pesquisa estimulada (quando são apresentados os candidatos) para o primeiro turno:
- ACM Neto (União Brasil) 49%;
- Jerônimo Rodrigues (PT) 28%;
- João Roma (PL) 7%;
- Marcelo Millet (PCO) 1%;
- Giovani Damico (PCB) 1%;
- Kleber Rosa (PSOL) 1%;
- Brancos e Nulos 6%;
- Não sabem/ Não responderam 8%.
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Projeção 2º turno
A Bahia tem histórico de mudanças de cenário que ocorrem na reta final das eleições (confira abaixo). Ainda que os números da atual pesquisa apontem vitória no primeiro turno do candidato do União Brasil, que considerando somente os votos válidos têm 57%, a tendência é de que aconteça segundo turno.
A pesquisa também simulou este cenário e ACM Neto marcou 60% e Jerônimo 33%. Brancos e nulos foram 4% e não sabem ou não responderam 3%.
O Datafolha, contratado pela rádio Metrópole, entrevistou 1212 eleitores entre os dias 12 e 14 de setembro. Está registrada no TSE sob o nº BA-05325/2022 e tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Histórico de ‘viradas’ na Bahia
Viradas eleitorais na Bahia, com as urnas contrariando o que as pesquisas eleitorais indicavam semanas antes das eleições, já aconteceram.
Em 2006, Jaques Wagner (PT) foi eleito governador contrariando as pesquisas que indicavam a reeleição de Paulo Souto. Como noticiou a Folha de São Paulo na ocasião, “inesperada vitória da Jaques Wagner” impôs derrota do carlismo no 1º turno.
Com Rui Costa (PT), atual governador da Bahia e sucessor de Wagner, aconteceu algo similar, em 2014. As pesquisas indicaram, durante toda a campanha, ampla vantagem de Paulo Souto (DEM hoje União Brasil), que concorria mais uma vez.
Monitoramento do então instituto Ibope, hoje Ipec, de julho, indicava Souto com 42% das intenções de voto e Costa com apenas 8%, na terceira colocação.
Conforme pesquisa feita onze dias antes da eleição, realizada em 5 de outubro, a distância havia diminuído, com 43% para Souto e 27% para Costa. Mesmo assim, a chance de vitória no primeiro turno do candidato do DEM era grande.
Porém, com o fechar das urnas, mais uma vez, o candidato ficou atrás do seu concorrente no primeiro turno: Rui Costa foi eleito com 54%.