Fiemg destoa da carta “Em Defesa da Democracia e da Justiça” para lançar uma pró-Bolsonaro
Ao contrário da carta da Fiesp com posição contrária ao presidente, industriais de Minas Gerais querem lançar carta em reação ao STF, que autorizou investigação contra empresários bolsonaristas.
Publicado 25/08/2022 12:05
Reportagem da Folha de São Paulo indica que a diretoria da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais) pretende lançar uma carta para defender a “livre expressão do pensamento”, como resposta às investigações que atingem empresários bolsonaristas autorizadas pelo STF e realizadas pela Polícia Federal.
A carta aparece como apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e destoa dos demais movimentos ao redor da carta “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, organizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e assinada por 107 entidades, e da “Carta aos Brasileiros”, organizada na Faculdade de Direito da USP que reuniu mais de um milhão de assinaturas.
Leia também: Momento une capital e trabalho pela democracia, diz orador da carta da Fiesp
Empresários
Na terça-feira (23), o ministro Alexandre de Moraes do STF deu ordem para que a Polícia Federal cumprisse mandados de busca e apreensão nas residências dos oito empresários: Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu), Ivan Wrobel (construtora W3), José Isaac Peres (Multiplan), José Koury (Barra World Shopping), Luciano Hang (lojas Havan), Luiz André Tissot (grupo Sierra), Marco Aurélio Raymundo “Morongo” (Mormaii), Meyer Nigri (Tecnisa). Eles defenderam em grupo de mensagens um golpe de estado caso o ex-presidente Lula vença às eleições.
A carta da Fiemg deve ser divulgada pelo presidente da entidade Flávio Roscoe e o conteúdo, como apura a Folha, deve se ater à preocupação com a liberdade de pensamento. No entanto, como já indicou o ministro Alexandre de Moraes, defender golpe é temerário, fato corroborado pelo ministro Gilmar Mendes que já falou que “golpe é crime, defesa do golpe é crime”.
Com informações Folha de São Paulo