Bolsonaro fará campanha do “medo” junto a jovens ao requentar pautas

A coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de São Paulo trouxe informações de que a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro (PL) pretende focar não só nos evangélicos, mas também nos jovens.

A campanha visa atingir os jovens que nunca votaram e tem simpatia por Lula com um “bombardeiro” de conteúdos nas redes sociais e televisão atrelando o ex-presidente à Operação Lava Jato e denúncias feitas por delatores nas investigações da Petrobras.

A ideia é se utilizar dessas imagens antigas mesmo com as anulações e arquivamentos dos processos. Como a própria Folha traz, Lula não responde a nenhum inquérito judicial e foi inocentado nos demais processos.

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Campanha

A campanha de Bolsonaro crê que os jovens não acompanharam as investigações e por isso não tem memória sobre os fatos. Principalmente nas ações realizadas pelo ex-procurador do Ministério Público Federal (MPF) Deltan Dallagnol e pelo juiz Sérgio Moro.

No entanto, enquanto Lula não responde a nenhum inquérito, Deltan responde a processo no Tribunal de Contas da União por recebimento irregular de diárias justamente no curso da Operação Lava Jato. Dallagnol que se lançou candidato a deputado federal após sair do MPF pode ter a candidatura impugnada e ficar inelegível se condenado.

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Já Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, se distanciou da ala bolsonarista e chegou a ser criticado pelo presidente na sabatina da última segunda-feira (22) do Jornal Nacional. Bolsonaro disse que a Polícia Federal melhorou muito com a saída de Moro do ministério. Agora Moro, que tentou uma candidatura frustrada ao governo de São Paulo, concorre a uma vaga pelo senado no Paraná. Está em 2º lugar nas pesquisas de intenção de voto atrás do senador Álvaro Dias que concorre à reeleição.

Popularidade de Lula

O ex-presidente tem aparecido como preferência nas intenções de voto pela juventude. Segundo o Datafolha, Lula abre 31 pontos sobre Bolsonaro entre os jovens.

Ainda o ex-presidente tem alta popularidade vista por meio do apoio de artistas como Anitta, bem como o envolvimento dos jovens em redes sociais e até mesmo em manifestações públicas que ganharam notoriedade com a venda de toalhas com a sua imagem.

Contraofensiva

O Partido dos Trabalhadores já prepara uma contraofensiva, segundo a reportagem. A ideia é questionar Bolsonaro quanto a economia, inflação, fome e desemprego. Situações que assolam o país e o presidente tem se esquivado em entrevistas.

Como o Portal Vermelho vem destacando, no Brasil os salários perdem para a inflação no governo Bolsonaro, sendo que o país tem a quarta maior inflação do mundo.

Nos alimentos a situação é ainda mais gravem, pois em julho a inflação dos alimentos chegou 1,16% em julho, com o preço do leite com alta de 25,46%.

Essa situações levaram a uma queda recorde no rendimento do brasileiro que se reflete em desemprego e carestia. Além disso, o Auxílio Brasil que deveria ser um desafogo para as famílias chega desgastado pela inflação e, com isso, a pobreza tem avançado.