Manifesto pela democracia já tem mais de 1 milhão de adesões

Os atos pró-democracia realizados nesta quinta-feira (11) ajudaram a impulsionar as adesões à “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito”. Em 24 horas, houve mais de 120 mil adesões ao manifesto, que ultrapassou a marca de 1 milhão de signatários.

A “Carta” foi lida na Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) e em outras instituições de ensino superior de todo o País. A escolha da data se deveu ao aniversário da criação dos primeiros cursos brasileiros de Direito, em 11 de agosto de 1827. Esta é também a origem do Dia do Estudante e do Dia do Advogado, que também são celebrados em 11 de agosto.

Além das leituras públicas da “Carta” e de outros manifestos pró-democracia, o dia foi marcado por mobilizações da Campanha #ForaBolsonaro, formada por mais de 80 entidades (sindicais, sociais, estudantis e populares), ligadas às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Ao todo, foram registradas ao menos 86 atividades, em 50 municípios, de todos os estados. A Avenida Paulista (São Paulo), a Candelária (Rio de Janeiro) e a Praça Afonso Arinos (Belo Horizonte) foram alguns dos pontos de concentração.

“Hoje, dia 11 de agosto, se unem todos os brasileiros que defendem a vida, a democracia e a soberania da pátria em defesa do nosso sistema eleitoral, da democracia e do Brasil”, declarou, em São Paulo, Ubiraci Oliveira, o Bira, vice-presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). “Estamos aqui para ampliar nossa luta, isolar e derrotar Bolsonaro e abrir caminho para um Brasil livre, democrático e soberano.”

A UNE (União Nacional dos Estudantes) – que completou 85 anos nesta quinta – também realizou uma jornada de manifestações, em conjunto com as entidades estudantis. Foi o #11A pela Democracia.

“O Centro Acadêmico 11 de Agosto (da Faculdade de Direito da USP) e a UNE possuem em seu DNA a luta pela Democracia. No Dia do Estudante, comemoramos a combatividade daqueles e daquelas que constroem e organizam o movimento estudantil cotidianamente”, afirmou a presidenta da UNE, Bruna Brelaz. “Em cada coração de estudante, há esperança e resistência. A nossa geração tem a tarefa de enterrar o autoritarismo e os flertes com o obscurantismo.”