Conta de luz no Brasil é a segunda mais cara do mundo

O Brasil ficou, pelo quinto ano consecutivo, em segundo lugar no ranking dos países em que os consumidores pagam as contas de luz mais caras do mundo. Ao longo deste período, as tarifas acumularam alta de 47%. Somente na Colômbia o valor da conta dói mais no bolso. E, com a privatização da Eletrobras, a tendência é o encarecimento ainda maior do valor pago pelo consumidor pela energia.  

No ranking elaborado pela plataforma de vouchers de desconto CupomVálido, com base nos dados da Associação dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres, o Brasil aparece seguido da Turquia, do Chile e de Portugal, enquanto na outra ponta, das contas mais baratas, estão países como Noruega, Luxemburgo, Estados Unidos, Canadá e Suíça.

O cálculo levou em consideração custo de 200kWl e a renda per capita de cada um dos países. De acordo com o levantamento, 25% do orçamento familiar dos brasileiros está comprometido pelas contas de energia. Porém, apenas pouco mais da metade do valor pago pelo consumidor (53,5%) é destinado ao custo efetivo de geração, transmissão e distribuição de energia. Todo o restante destina-se às taxas, furtos, impostos e problemas de ineficiência da rede.

No primeiro semestre deste ano, a energia elétrica residencial, que está entre os subitens do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), acumula queda de 14,52%. Ainda assim a energia no Brasil segue em patamares elevados, tendência verificada há cinco anos. Nos últimos 12 meses, a alta é de 2,16%.

Neste contexto, especialistas e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vêm criticando o governo Bolsonaro pela iniciativa de privatização da Eletrobras. “Cerca de 33 milhões de brasileiros estão passando fome. As pessoas são obrigadas a escolher entre comprar comida ou pagar a conta de luz, que não para de subir. E o que faz o governo? Privatiza a Eletrobras para aumentar ainda mais a conta de luz”, criticou Lula, recentemente, em suas redes sociais.

Reajuste nas bandeiras

Na semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a redução nas tarifas de energia de dez distribuidoras, para devolver valores pagos a mais pelos consumidores de energia em 2021. No último mês, contudo, a agência reajustou as bandeiras tarifárias.

Os novos valores trazem aumentos de 60% nos valores das bandeiras tarifárias amarela e vermelha 1. O valor da bandeira amarela terá aumento de 59,5%, de R$ 1,874 a cada 100 quilowatts (kWh) consumidos para R$ 2,989. O da bandeira vermelha 1, vai de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh, alta de 63,7%. A vermelha 2, passou de R$ 9,492 a cada 100 kWh para 9,795, aumento de 3,2%.

Com informações do portal Money Times