Maioria dos brasileiros diz ser positivo renovar o Congresso em 2022
Pesquisa mostra que 86% acreditam que parlamento deve mudar; 66%, no entanto, não lembram em quem votou para o legislativo em 2018
Publicado 13/07/2022 12:23 | Editado 13/07/2022 12:51
Uma pesquisa realizada pela Quaest, a pedido da RenovaBR, apontou que 86% acreditam ser positivo haver grande renovação no Congresso no próximo pleito. Ainda de acordo com o levantamento, 73% reprovam os políticos de maneira geral e 66% dos brasileiros não se lembram em quem votou para o legislativo em 2018. O mesmo percentual de pessoas diz não aprovar o desempenho da Câmara dos Deputados.
Entre os jovens, o resultando é pior: apenas 9% dos que estão na faixa de 16 a 30 anos se lembram em quem depositou seu voto para deputado. E 72% das mulheres dizem não recordar, frente a 59% dos homens.
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Os resultados podem refletir, em boa medida, o processo de desconstrução e desgaste da política, agravado desde as manifestações de 2013, passando pela operação Lava Jato e pelo impeachment de Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo, muita gente não se vê representada no Congresso, além do fato de que, historicamente, as eleições legislativas mobilizam menos a população do que as aos governos.
Lideranças políticas especialmente do campo democrático e de esquerda têm alertado para a importância de a população se empenhar também nas eleições parlamentares, uma vez que o desempenho dos novos presidente e governadores depende, em boa medida, da base conquistada nos respectivos legislativos.
O próprio presidente Lula tem falado sobre isso em seus discursos, ressaltando ainda a necessidade de formar uma maioria de perfil progressista e de esquerda no Congresso a fim de que seja possível viabilizar uma política voltada para os interesses do povo. “É muito importante a gente eleger deputado, mas é muito mais importante saber que tipo de deputado estamos elegendo, qual compromisso que essa pessoa tem e o que ela pensa do conjunto da sociedade brasileira”, disse Lula em ato realizado no sábado (9) em Diadema (SP).
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Outro dado importante trazido pela pesquisa diz respeito à influência sobre o voto: 22% dizem considerar muito a opinião de familiares e 27%, pouco. Além disso, 19% disseram considerar as ideias expressas por candidatos a presidente, 17% a prefeito e 14% a governador. Em seguida, 11% dizem levar em conta a opinião de lideranças religiosas e apenas 4% são sensíveis a celebridades, influencers e artistas.
Também vale ressaltar o tipo de perfil que busca a maioria dos eleitores: 47% dizem procurar os “honestos” e os que “cumprem promessas” e 36% os mais “preparados” e que conheçam “políticas públicas”.