Lula diz que é preciso resolver a dívida de 70 milhões de famílias brasileiras
Endividamento da população e inadimplência são consequências do desemprego, inflação alta e empobrecimento da população no desgoverno Bolsonaro.
Publicado 30/06/2022 09:42 | Editado 01/07/2022 09:19
Em entrevista nesta quarta-feira, 29 de junho, à Rádio Educadora, de Piracicaba (SP), o ex-presidente Lula falou sobre o programa de sal pré-candidatura que ainda este em discussão com a sociedade. Ele apontou prioridades para reconstruir o Brasil, entre elas, a redução dos juros e a questão do endividamento das famílias brasileiras. O ex-presidente coloca esses dois temas como prioridades.
“Nós vamos restabelecer a democracia no Brasil, vamos restabelecer a civilidade e vamos fazer com que muita coisa aconteça. É preciso reduzir a política de juros, é preciso resolver o problema da dívida de 70 milhões de famílias brasileiras que estão endividadas nos cartões, algumas porque estão utilizando o cartão para comprar comida”, afirmou.
Lula afirmou que no total das dívidas há muitos penduricalhos e sugeriu negociação com credores para que fique apenas o principal. “Tem muitos penduricalhos nessas dívidas. Então, é preciso afastar esses penduricalhos, para que a pessoa fique apenas com o principal”. Lula se referia aos juros compostos que fazem as dívidas crescerem duas, três vezes mais do que o valor contratado.
Endividamento da população e inadimplência são consequências do desemprego, inflação alta e empobrecimento da população no desgoverno Bolsonaro, que retirou direitos dos trabalhadores e não criou políticas de valorização do salário mínimo e de geração de emprego.
Mais cordialidade
Lula refletiu sobre a situação do país, que está “uma loucura”, sem entendimento entre as pessoas e disse haver muita coisa e conversa por fazer. “Conversa com os empresários, conversa com os trabalhadores, conversa com os professores e conversa com os alunos porque o Brasil foi tirado de sua normalidade. (…). O Brasil hoje está uma loucura, as pessoas não se entendem”.
Como exemplo das anormalidades do país hoje, o ex-presidente citou o fato de o Congresso tomar conta do Orçamento da União, atribuição do Presidente da República. “O Congresso tomou conta do orçamento da união, que era de administração o presidente da República. O poder judiciário está fazendo mais política do que o Congresso Nacional, o Congresso nacional está judicializando a política”. (…). Nós vamos ter que parar, pensar e fazer as coisas acontecerem, com mais cordialidade, com mais civilidade, com mais democracia e com mais participação da sociedade”.
Com o site lula.com.br