Sindicato entra com ação contra escolas por assédio a professores

Sinpro Minas entra com representação no MPT para denunciar cinco escolas de Belo Horizonte

Professores realizaram assembleia no dia 24, quando rejeitaram a proposta patronal - Foto de Aloísio Morais

O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas) entrou hoje com uma representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) contra cinco escolas de Belo Horizonte (Colleguium, Santa Marcelina, Loyola, Arnaldo e Batista) por assédio aos professores para impedir a adesão à paralisação das atividades ocorrida nessa terça-feira, quando foi realizada assembleia da categoria.

Uma escola chegou a afixar um comunicado no quadro de avisos pedindo aos professores que informassem ao coordenador e ao supervisor, por meio de uma declaração de próprio punho, sobre a decisão de aderir à paralisação.

Numa outra instituição, a coordenação fez contato telefônico com os docentes, exigindo uma manifestação expressa sobre a participação ou não na paralisação. Houve ainda o caso de uma escola em que os professores foram chamados pela direção, que exigiu deles uma posição a respeito da adesão ao movimento.

“Ou seja, várias escolas, no desespero de tentar interferir e conter o movimento paredista, agiram de forma arbitrária e ilegal. Mas muitos outros atos de coação ocorreram, como por exemplo, a substituição de professores grevistas, o que demonstra o nível de abusividade e assédio que chegaram as instituições de ensino”, denuncia o Sinpro Minas no documento protocolado no MPT.

“São práticas ilegais, antissindicais, com a finalidade de pressionar os professores. Eles fazem isso porque sabem que a mobilização cresce a cada dia, da mesma forma que aumenta a insatisfação com a proposta patronal, que desvaloriza a profissão docente e precariza nossas conquistas. Apesar de toda essa pressão, a categoria tem resistido fortemente”, afirmou Valéria Morato, presidenta do Sinpro Minas. “E, mais uma vez, reitero: denunciem as escolas que estão fazendo isso, porque o sindicato vai entrar na Justiça e assegurar o direito dos professores e professoras de lutarem por melhores condições de vida e trabalho”, completou.

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