Políticos destacam representatividade e força da chapa Lula-Alckmin
“É a maior frente partidária em torno da candidatura do Lula em um primeiro turno”, diz Inácio Arruda
Publicado 07/05/2022 19:34
Autoridades e políticos de todo o País marcaram presença na atividade do Movimento Vamos Juntos pelo Brasil que lançou, neste sábado (7), em São Paulo, a pré-campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a presidente e de Geraldo Alckmin (PSB) a vice. Em depoimento ao Vermelho, eles destacaram a representatividade e a força da chapa, que já é apoiada por sete partidos políticos e sete centrais sindicais.
“É a maior frente partidária em torno da candidatura do Lula em um primeiro turno. Começamos de forma muito ampla – e talvez precisemos ampliar ainda mais”, comentou o ex-senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). Mesmo com outras candidaturas do “nosso campo político” ao Planalto, Inácio ressalva a necessidade de concentrar forças na pré-campanha do ex-presidente.
Na opinião do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a união de tantos partidos e entidades permite “libertar o Brasil da maior tragédia de sua história, que é a tragédia bolsonarista Por isso essa frente amplíssima, sobretudo pela democracia e pelos direitos do povo brasileiro”. Randolfe arrematou: “Mais que uma eleição, teremos um plebiscito entre democracia ou autoritarismo, entre a civilização ou a barbárie, entre a Constituição de 1988 e a revogação dela.”
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), mencionou que, além de partidos e entidades, a pré-campanha de Lula já reúne “líderes, artistas, cientistas e empresários. É uma união nacional”. A seu ver, o ato de lançamento da chapa foi “uma largada especial, que vai nos remeter a uma vitória – do Brasil e do povo brasileiro”.
O ex-senador Roberto Requião (PT) considerou o ato “muito interessante e mobilizador”, na medida em que o discurso de Lula “contextualizou as intenções” de seu programa de governo. “Não é uma candidatura partidária. É uma federação que organiza uma movimento pela restauração do País”, disse Requião. “É um movimento amplo, mas sério, sem a covardia da aliança com a direita.”
Para o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), o movimento encabeçado por Lula e Alckmin “já é algo histórico. Não é o suficiente, mas já mostra a maturidade e a unidade das forças de esquerda no País”. Essa base política e social deve ser o eixo – diz ele – de um “programa nacional de desenvolvimento”.
O também deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) sublinha o “apoio popular” a Lula, expresso no ato deste sábado. Mas também reforçou que o movimento tem de crescer. “Precisamos buscar outros aliados. Além dos progressistas e do movimento popular, temos de buscar os democratas e todos aqueles que não querem o fascismo no Brasil”.
Conforme Guilherme Boulos, candidato a presidente pelo PSOL nas eleições 2018, “o que está em jogo neste momento é a possibilidade de o Brasil ter futuro, voltar a respirar, voltar a ter esperança. O Lula vai liderar essa frente para a que gente possa não apenas derrotar Bolsonaro – mas reconstruir o Brasil”. Para Boulos, “o maior antídoto contra o autoritarismo é fortalecer a democracia”.
O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) fala em “virada de página”, para que o Brasil deixe para trás “um momento de autoritarismo, ameaça à democracia e retirada de direitos”. A vitória da chapa Lula-Alckmin, segundo Molon, vai trazer a “recuperação de empregos e direitos”, além da “ampliação da proteção à vida do trabalhador e da trabalhadora. A única alternativa é Lula presidente”.
Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (PT), vislumbra “uma campanha difícil e polarizada, com duas concepções de País em disputa”. Cabe aos apoiadores, em sua opinião, “comunicar para a sociedade o que está em jogo” e defender a candidatura de Lula. “Precisamos de estabilidade e crescimento econômico. Que o salário no Brasil volte a ter poder de compra.”
Apesar do “sábado frio e feio” em São Paulo, o escritor Fernando Morais disse ter “gostado muito” do ato de lançamento do Movimento Vamos Juntos pelo Brasil. “É a primeira vez que conseguimos juntar gente de tantos partidos e de tantas tendências em torno de uma candidatura. Isso é um sinal mais do que afirmativo de que essa eleição está no papo”, empolgou-se Morais.
Igualmente animada, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) declarou que “o principal desafio agora é a ampliação”, já que a eleição 2022 “tem a perspectiva de ser resolvida no primeiro turno”, com a vitória da chapa Lula-Alckmin. “Temos de ampliar e isolar o outro lado. Ampliar pelas forças políticas, mas também pelos comitês popular”, ponderou Jandira.
Na avaliação do deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), o lançamento da chapa se revelou um ato “potente e forte”, que trouxe “emoção” à campanha. “É com esse espírito, para cima e com alegria, que vamos retomar a esperança e ter um Brasil melhor. Agora, é todo mundo comendo chuchu com lula”, brincou o parlamentar.
O vereador paulistano Eduardo Suplicy (PT) elogiou “especialmente” o discurso de Alckmin, que participou do ato por videoconferência, por estar com Covid-19. “Mesmo de sua casa, ele transmitiu uma mensagem de união das forças democráticas neste momento tão difícil.” Já o pronunciamento de Lula, segundo Suplicy, demonstrou “muita vontade de acertar e fazer um governo melhor que os seus dois primeiros”.
A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB-BA) comemorou a união de segmentos como “a arte, a política, a cultura e diversos setores da sociedade”. De acordo com a parlamentar, “foi um ato histórico e representativo, que mostrou a viabilidade da frente ampla contra este governo neofascista. É pelo resgate da democracia em nosso País que nos unimos”.
Colaborou: André Cintra