Número de mortos em decorrência das fortes chuvas no Rio chega a 14
De acordo com o jornal Hora do Povo, sete mortes, de uma mãe e seis filhos, foram confirmadas pela Prefeitura de Paraty. Foram confirmadas ainda seis mortes em Angra dos Reis, também no Sul Fluminense, e uma em Mesquita, na Baixada. Na Região da Costa Verde, ainda há desaparecidos.
Publicado 03/04/2022 07:23 | Editado 03/04/2022 18:59
Quatorze pessoas morreram em decorrência da chuva que atinge diferentes regiões do estado do Rio desde a noite de quinta-feira. Sete mortes, de uma mãe e seis filhos, foram confirmadas pela Prefeitura de Paraty. Foram confirmadas ainda seis mortes em Angra dos Reis, também no Sul Fluminense, e uma em Mesquita, na Baixada. Na Região da Costa Verde, ainda há desaparecidos.
Menos de dois meses depois da tragédia que devastou Petrópolis, na Região Serrana do Rio, agora foi a Costa Verde, no litoral sul fluminense, que sofre com os temporais.
A maioria das mortes aconteceram em Paraty, na Costa Verde. Na vizinha Angra dos Reis, uma criança morreu. Houve uma morte também em Mesquita, na Baixada Fluminense, que também foi atingida pelo temporal.
As mortes aconteceram em Paraty, na Costa Verde, em Angra dos Reis e Mesquita, na Baixada Fluminense. Os Bombeiros buscam ainda desaparecidos após um deslizamento de terra em Angra dos Reis.
Em Paraty, na Costa Verde, as mortes foram provocadas por um deslizamento de terra, que atingiu casas na Praia de Ponta Negra durante a madrugada deste sábado (2). Há relatos de desaparecidos, e a Defesa Civil segue com as buscas. Um helicóptero auxilia no trabalho, já que a área atingida pelo deslizamento não pode ser acessada pelo mar nem por estradas.
A Costa Verde, que fica no litoral sul do Rio, próximo à divisa com São Paulo, é uma região bastante montanhosa e muito próxima do mar, o que faz com que deslizamentos perto da praia aconteçam.
Em Paraty, um total de 22 bairros foram afetados por alagamentos ou outros danos provocados pelas chuvas, segundo a prefeitura local.
A morte em Mesquita foi de um homem de 38 anos. De acordo com a Defesa Civil, ele levou um forte choque em um poste quando tentava ajudar uma outra pessoa. Outras cidades da Baixada também registraram alagamentos. A Prefeitura de Nova Iguaçu afirmou que a cidade registrou 141 mm de chuva no bairro Moquetá, o que equivale a 148% da média de chuva do mês de abril. O Hospital Estadual Ricardo Cruz, inaugurado há um ano, ficou inundado.
Uma criança morreu e pelo menos 13 pessoas estão desaparecidas depois que um deslizamento de terra atingiu quatro casas no bairro Monsuaba, em Angra dos Reis, na madrugada deste sábado (2).
Segundo o Corpo de Bombeiros, cinco pessoas foram resgatadas com vida e levadas para o Hospital da Japuíba. Seis grupamentos da corporação e agentes da Defesa Civil da cidade trabalhavam nas buscas pelos desaparecidos pela manhã.
Nas últimas 48 horas, Angra dos Reis registrou o volume de chuva equivalente a 655 mm no continente, e 592 mm na Ilha Grande, índices jamais registrados anteriormente no município.
Segundo a Defesa Civil, todas as 28 sirenes do sistema de alerta, distribuídas em 20 blocos que abrangem as áreas de risco, soaram durante a madrugada, para alertar moradores sobre a possibilidade de deslizamentos e alagamentos.
A cidade de Saquarema, na Região dos Lagos, foi atingida por uma forte chuva na noite da última sexta-feira (1°) que causou diversos transtornos. Uma barreira caiu e interrompeu totalmente o tráfego na RJ-106, entre Saquarema e Maricá, no km 48.
A RJ-106 também tem outro ponto de interdição na Serra do Mato Grosso, na altura do km 46 onde uma ponte caiu por causa da chuva. Não há previsão para liberação deste trecho.
De acordo com a Defesa Civil, em Saquarema choveu cerca de 160 milímetros em 24 horas. Dez pessoas estão desabrigadas e quatro desalojadas.
A forte chuva também causou transtornos e deixou famílias desalojadas em Maricá (RJ). Segundo a Defesa Civil, os bairros mais afetados foram Itapeba e Condado com 30 ocorrências cada.
A Defesa Civil está em estágio de alerta. Os maiores acumulados de chuva, nas últimas 24 horas, foram em Itapeba (261,39mm), Espraiado (227,94mm) e Ponta Negra (88,41mm).
Estágio de atenção
A cidade do Rio entrou em estágio de atenção às 9h25 deste sábado. Trata-se do terceiro nível em uma escala de cinco e significa que uma ou mais ocorrências já impactam o município, afetando a rotina de parte da população.
Em mensagem publicada nas redes sociais, o prefeito afirmou que a madrugada no Rio contou com muitas ocorrências e a tendência é que o dia seja de chuva.
“A gente teve uma noite de ontem e uma madrugada bastante complexa. O pessoal da prefeitura atuou. A gente não tem nenhuma situação em grande via mais crítica. Mas você tem algumas áreas da cidade, principalmente na Zona Oeste mais litorânea, a região das vargens, Guaratiba, partes da Zona Oeste mais próximas do mar, você tem ainda situações de alagamentos. Jacarepaguá também tem situações complexas. Na Grande Tijuca, a situação já baixou, o Rio Maracanã”, afirmou Eduardo Paes.
O prefeito voltou a pedir que a população evite deslocamentos desnecessários.
“A tendência é que a gente ainda tenha chuva hoje, a princípio mais fraca para moderada. Então o meu pedido para vocês é que fiquem atentos, se puder evitar deslocamentos desnecessários a gente agradece para que a gente possa arrumar a cidade ao longo do dia”, disse Paes.
Fonte: Portal Hora do Povo