Conflito na Ucrânia: A paz deve ser o objetivo imediato alcançado
“O atual conflito tem suas raízes na agressiva expansão dos EUA e da OTAN, após o fim da União Soviética, em direção às fronteiras da Federação Russa, ali instalando bases militares e armas nucleares, ignorando os repetidos e insistentes protestos da Rússia, hoje totalmente cercada por forças hostis”, diz, em nota, o Cebrapaz.
Publicado 01/03/2022 14:34 | Editado 01/03/2022 21:49
O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) defendeu, em nota, um cessar-fogo que construa o ambiente de diálogo na Ucrânia; uma solução política para o conflito que contemple as preocupações de segurança da Rússia e desmantele os grupos neonazistas; e o fim da política de provocações e guerra da Otan/EUA.
Conheça a íntegra da nota do Cebrepaz:
A humanidade acompanha com extrema preocupação o desenrolar dos acontecimentos na Europa Oriental, com a eclosão do conflito militar envolvendo a Rússia e a Ucrânia.
O Cebrapaz defende negociações que conduzam ao cessar-fogo e que permitam criar um ambiente de diálogo e a construção de uma saída política para esse conflito.
A paz deve ser o objetivo imediato e urgente a ser alcançado!
A defesa consequente da paz exige que as causas e os principais responsáveis pela guerra sejam identificados.
O atual conflito tem suas raízes na agressiva expansão dos EUA e da OTAN, após o fim da União Soviética, em direção às fronteiras da Federação Russa, ali instalando bases militares e armas nucleares, ignorando os repetidos e insistentes protestos da Rússia, hoje totalmente cercada por forças hostis.
Após as ondas de expansão militar, os EUA e a OTAN patrocinaram, em 2014, um golpe de estado, que destituiu o presidente eleito da Ucrânia – por resistir a uma integração à OTAN – levando grupos neonazistas ao poder.
A rebelião das populações do leste da Ucrânia contra esse golpe foi reprimida “a ferro e fogo” pelo governo de Kiev, com a conivência e o apoio dos EUA e da OTAN.
Os acordos de Minsk, de 2014, que buscaram pacificar o país, foram ignorados por Kiev – sob os olhos complacentes dos EUA e da União Europeia. Seguiram-se oito anos de ataques das Forças Armadas ucranianas às populações de Lugansk e Donetsk, causando a morte de milhares de cidadãos ucranianos, em especial de origem russa, na região de Donbass.
Por essas razões, não pode restar dúvidas de que os EUA e a OTAN são os principais responsáveis pelo atual conflito na Europa Oriental.
Denunciamos também a manipulação do vasto aparato midiático hegemônico que torna invisível a expansão guerreira da OTAN e dos EUA e o apoio prestado por eles aos grupos neonazistas ucranianos, procurando colocar sobre a Federação Russa toda a responsabilidade da atual crise.
Condenamos, além disso, as sanções econômicas contra a Federação Russa, que em nada contribuem para a paz e, ao contrário, tornam ainda mais tensa a situação.
Assim, o Cebrapaz defende:
- Um cessar-fogo que construa o ambiente de diálogo.
- Uma solução política para o conflito que contemple as preocupações de segurança da Rússia e desmantele os grupos neonazistas.
- O fim da política de provocações e guerra da Otan/EUA.
Executiva Nacional Ampliada do Cebrapaz
28/02/2022
Fonte: Portal do Cebrapaz