Rússia denuncia que Kiev atrasa negociações enquanto distribui armas
O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, denunciou afirmou que as autoridades ucranianas estão atrasando a organização das negociações com o Kremlin e aproveitam para implantar vários lançadores de foguetes em bairros residenciais de Kiev.
Publicado 25/02/2022 16:38 | Editado 25/02/2022 18:12

“A pausa continua por um longo tempo. Infelizmente, essa pausa é acompanhada pela implantação de vários lançadores de foguetes em bairros residenciais, incluindo Kiev, por elementos nacionalistas nas grandes cidades”, disse Peskov a repórteres.
O presidente russo, Vladimir Putin, está pronto para enviar uma delegação a Minsk para conversas com as autoridades ucranianas, disse Peskov nesta sexta-feira.
Peskov disse que Putin concorda em enviar à capital bielorrussa uma delegação que inclui representantes dos Ministérios da Defesa, Relações Exteriores e da Administração Presidencial para manter conversas com seu homólogo em Kiev.
Enquanto isso, o porta-voz do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov, alertou que a maioria das unidades das Forças Armadas da Ucrânia não participa das hostilidades durante a operação militar especial da Rússia.
“Apenas os batalhões dos nazistas ucranianos oferecem uma resistência feroz”, disse ele.
Segundo Konashenkov, o serviço de segurança ucraniano introduziu antecipadamente nas unidades militares regulares das Forças Armadas ucranianas um grupo de “nacionalistas notórios” que receberam treinamento especial.
A Rússia lançou uma operação militar na região autônoma ucraniana de Donbass na manhã de quinta-feira, depois que as autoridades das Repúblicas Populares de Donetsk (DPR) e Lugansk (PRL) solicitaram ajuda para repelir a agressão de Kiev.
Em 21 de fevereiro, Moscou reconheceu a independência e soberania de ambos os territórios e assinou tratados de amizade, cooperação e assistência mútua com esses líderes, que incluíam o estabelecimento de relações diplomáticas e ajuda militar.
As informações sobre o início do ataque foram relatadas pelo presidente Vladimir Putin em um discurso televisionado, no qual afirmou que a Rússia tentará proteger a população de Donbass e “desmilitarizar” a Ucrânia.
As Forças Armadas russas lançaram ataques à infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos e aviação militar com armas de alta precisão. O Ministério da Defesa salientou que a população civil da Ucrânia não está ameaçada.
Fonte: Prensa Latina