Conab reduz estimativa para produção de grãos da safra 2021/2022
Produtores devem colher cerca de 268,2 milhões de toneladas de grãos.
Publicado 10/02/2022 16:30
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu as expectativas de crescimento da produção brasileira de grãos na safra 2021/2022. Em seu boletim de janeiro, a companhia previa um incremento de 12,5% em relação à safra anterior. Agora, a estimativa é de uma elevação mais modesta, de 5%. De acordo com o 5º levantamento relativo à atual safra, os produtores devem colher cerca de 268,2 milhões de toneladas de grãos em vez dos 284,4 milhões de toneladas que eram previstos em janeiro.
“O desempenho da atual safra sofre impacto da forte estiagem, verificada nos estados da Região Sul do país e no centro-sul de Mato Grosso do Sul, que justifica as perdas expressivas nas produtividades estimadas, sobretudo nas lavouras de soja e milho”, sustenta o presidente da Companhia, Guilherme Ribeiro, em nota. “Mesmo com índices pluviométricos mais regulares em comparação ao registrado em dezembro do ano passado, a chuva registrada em janeiro na região Sul não foi suficiente para atingir a média em toda a região”, afirmou, em nota, o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.
De acordo com informações da Agência Brasil, um dos principais produtos exportados pelo Brasil, a soja, deve amargar uma queda de produtividade de cerca de 9% em comparação à safra passada. Segundo a Conab, 16,8% das lavouras dedicadas ao cultivo da oleaginosa já foram colhidas. E ainda que o plantio tenha ocorrido dentro da janela ideal, adversidades climáticas afetaram as principais regiões produtoras a partir de novembro, gerando uma expectativa de que a produção total nacional não ultrapasse 125,47 milhões de toneladas, enquanto as exportações do produto devem ficar na casa das 80 milhões de toneladas. No boletim anterior, a previsão era de que a produção da oleaginosa atingisse 140,50 milhões de toneladas e as exportações, 89,31 milhões de toneladas.
Já em relação ao milho, a Conab acredita que a produção se recupere das dificuldades iniciais e que os produtores consigam colher 112,34 milhões de toneladas do grão – resultado 29% superior ao de 2020/21. O resultado da primeira safra deve permanecer em 24 milhões de toneladas, ficando muito próximo ao total colhido na temporada passada. Para a segunda safra é esperado aumento de 47% na colheita, podendo chegar a 86 milhões de toneladas. A maior produção e o real desvalorizado frente às principais moedas devem incentivar a exportação de cerca de 35 milhões de toneladas de milho.
Com informações da Agência Brasil