Putin denuncia interferência externa no Cazaquistão
O presidente russo afirmou que a ameaça ao Cazaquistão não foi causada por protestos espontâneos contra os preços dos combustíveis, mas por forças destrutivas internas e externas.
Publicado 10/01/2022 14:02 | Editado 10/01/2022 18:06

Em seu discurso na cúpula extraordinária online dos países membros da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO), o presidente destacou que aqueles que saíram às ruas para protestar contra a situação do mercado de gás perseguiram objetivos diferentes dos que pegaram em armas e atacou o estado do Cazaquistão.
Putin considerou graves e preocupantes os distúrbios dos últimos dias naquele país da Ásia Central, pois afetam todas as nações do grupo militar (Armênia, Bielo-Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia e Tadjiquistão), visto que representam um desafio sem precedentes para a segurança, os integridade e soberania de um Estado.
Ele afirmou que as tecnologias de apoio à informação foram usadas no Cazaquistão que lembram o Euromaidan na Ucrânia, os distúrbios que levaram à derrubada do presidente eleito Viktor Yanukovych naquele país no final de novembro de 2013.
Ele ressaltou que, conforme explicado pelo Presidente do Cazaquistão, Kasym-Zhomart Tokáyev, é óbvio que grupos de combatentes bem organizados e dirigidos, treinados em campos terroristas no exterior, foram empregados naquele país.
Na videoconferência, o presidente cazaque indicou que o que aconteceu na sua foi uma tentativa de golpe.
“Sob o pretexto de protestos espontâneos, desdobrou-se uma onda de motins massivos, pois em um único comando apareceram radicais religiosos, criminosos, bandidos notórios, saqueadores e bandidos”, explicou.
Ele esclareceu que as demandas socioeconômicas e sociopolíticas apresentadas nos primeiros momentos dos protestos, que foram ouvidas e atendidas pelas autoridades, foram “relegadas a segundo ou terceiro lugar e esquecidas”.
Tokáyev destacou que depois daquele primeiro momento se desenvolveu a “fase quente”, na qual grupos armados intervieram e esperaram por esse momento.
“O objetivo principal era claro: minar a ordem constitucional, destruir instituições governamentais e tomar o poder. Estamos a falar de uma tentativa de golpe ”, frisou o Presidente, que afirmou que a crise sofrida pelo país é a maior da história da independência do Cazaquistão.
Fonte: Prensa Latina