Centrais sindicais repudiam ataques de Bolsonaro à imprensa e à democracia
“Valorizar a imprensa livre é um dos pilares da democracia. Quem perde na repressão ao jornalismo é a população brasileira, que ficará à mercê das fantasias do presidente e sua equipe!”, manifestam, em nota, os presidentes das entidades.
Publicado 14/12/2021 17:17 | Editado 14/12/2021 22:36
Os presidentes das Centrais Sindicais repudiaram, por meio de nota, os ataques de Bolsonaro à imprensa e à democracia em que afirmam que o caráter autoritário e truculento do presidente voltou a ficar evidente no último domingo (12), durante a visita ao município de Itamaraju, no interior da Bahia, devastado pelas enchentes provocadas pelas fortes chuvas dos últimos dias.
Repórteres e cinegrafistas da TV Aratu/SBT e da TV Bahia/Rede Globo, que estavam cobrindo a tragédia, foram agredidos pelos guarda costas de Bolsonaro. “As cenas foram registradas e amplamente divulgadas na imprensa e nas redes sociais em mais denúncia do descalabro que o Brasil vive sob este governo. Nos registros fica evidente que o próprio presidente deu de ombros para a violência”, ressaltam as lideranças.
De acordo com o texto, isso é mais do que um traço da personalidade do mandatário. “É uma violação aos direitos constitucionais do acesso à informação. Valorizar a imprensa livre é um dos pilares da democracia. Quem perde na repressão ao jornalismo é a população brasileira, que ficará à mercê das fantasias do presidente e sua equipe!”, acrescentam no texto.
Na nota, os presidentes das centrais sindicais se solidarizam com as equipes de reportagem que foram alvo do bolsonarismo e repudiam veementemente os novos ataques desse governo. “Sob a liderança de Bolsonaro, o governo é, por si só, uma ameaça diuturna ao Estado Democrático de Direito”, ressaltam as lideranças.
Assinam o texto Sergio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores); Miguel Torres, Presidente da Força Sindical; Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores); Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil); e Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros).