Vacinação: Brasil ultrapassa EUA, mas fica atrás de Chile, Argentina e Cuba

Em 24 horas foram registrados 373 mortes e 11,9 mil diagnósticos. Brasil acumula 611,8 mil óbitos e 21,97 milhões de casos de covid-19.

O movimento antivacinal dos EUA está arraigado entre populações racistas e religiosas, com incentivo do ex-presidente Donald Trump, com ações agressivas de boicote à campanha de imunização contra covid.

Se aproximando dos 60% dos brasileiros vacinados com duas doses, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos nesta quarta-feira (17) em taxa de totalmente imunizados na vacinação contra a covid. O placar surpreende pois os americanos começaram a vacinar antes, com muito mais disponibilidade de vacinas em relação ao Brasil.

Esse mérito é da população brasileira que aderiu entusiasmada à vacina, apesar da campanha antivacinal do presidente Bolsonaro e da falta de campanhas oficiais de informação e incentivo.

De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa, divulgados às 20h, o país tem 59,43% com o esquema vacinal completo, ou seja, que tomou a segunda dose ou a dose única de imunizantes, proporcionalmente à sua população. São 126.773.298 pessoas.

Os EUA registraram até esta quarta 58,9% de sua população totalmente imunizada contra a Covid proporcionalmente à sua população, segundo o site Our World in Data. São 195.435.688 pessoas. Os americanos fabricam as vacinas Pfizer/BioNTech, a Moderna, a Janssen, a Novavax, entre outras.

A vacinação começou nos EUA em 14 de dezembro de 2020. No Brasil, as primeiras doses foram aplicadas em 17 de janeiro de 2021, após a aprovação da Coronavac pela Anvisa. A campanha de vacinação nacional iniciou em 19 de janeiro.

Apesar da colaboração de toda a sociedade brasileira, o boicote do Governo Federal impediu que o Brasil fosse o principal protagonista da campanha de imunização contra covid, como era esperado, devido à liderança mundial em outras vacinações e a eficácia comprovado do SUS para isso. O Brasil continua atrás de países como Cuba, Chile, Uruguai, Canada e Argentina (veja gráfico abaixo) na mesma comparação proporcional, segundo ranking da plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford.

No gráfico de países das Américas, é possível observar a liderança de Cuba. Pequenas ilhas do Caribe foram excluídas do gráfico devido à baixa demografia, a maioria delas com a vacinação avançada.

Mesmo com esse índice de vacinados já com o esquema completo, o Brasil ocupa ainda a 55ª posição no ranking mundial. Com cerca de 10 milhões de habitantes, Portugal e Emirados Árabes Unidos estão com taxas de 88% da população completamente vacinada e lideram o ranking.

Vacinação: 59,43%

Acima, mapa atualizado da população totalmente vacinada em todo o mundo

De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa, divulgados às 20h, o país tem 59,43% com o esquema vacinal completo, ou seja, que tomou a segunda dose ou a dose única de imunizantes, proporcionalmente à sua população. São 126.773.298 pessoas.

157.336.036 pessoas, o que representa 73,76% da população, tomaram ao menos a primeira dose de vacinas.

A dose de reforço foi aplicada em 12.641.180 pessoas (5,93% da população).

Somando a primeira dose, a segunda, a única e a de reforço, são 296.750.514 doses aplicadas desde o começo da vacinação.

De ontem para hoje, a primeira dose foi aplicada em 335.208 pessoas, a segunda em 1.229.461, a dose única em 30.998, e a dose de reforço em 535.778 um total de 2.131.445 doses aplicadas.

Os estados com maior porcentagem da população imunizada (com segunda dose ou dose única) são: São Paulo (72,47%), Mato Grosso do Sul (66,57%), Rio Grande do Sul (65,09%), Santa Catarina (63,55%) e Paraná (63,28%).

Já entre aqueles que mais tem sua população parcialmente imunizada estão São Paulo (81,12%), Santa Catarina (77,22%), Rio Grande do Sul (76,68%), Paraná (76,41%) e Minas Gerais (75,82%).

Estabilidade com média de 260 mortes diárias

As autoridades de saúde brasileiras registraram, até o momento, 611.851 mortes desde o início da pandemia de covid-19. Nas últimas 24 horas, foram confirmadas 373 novos óbitos. Até ontem (16), a soma de mortes estava em 611.478.

Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias ficou em 260. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +14% e aponta estabilidade pelo quarto dia seguido.

Ainda há 2.876 óbitos em investigação, ou seja, aguardando resultado de exames e procedimentos para confirmar se a causa da morte foi covid-19.

O total de infectados no país chegou a 21.977.861. Nas últimas 24 horas, as secretarias de saúde registraram 11.977 novos diagnósticos positivos de covid-19. Ontem, o painel de dados do Ministério da Saúde registrava 21.965.684 casos acumulados.

Já a média móvel de casos, que está na casa de 9,3 mil por dia, é a menor registrada em mais de um ano e meio, desde 13 de maio de 2020 (quando estava em 9.174). Nos últimos 7 dias, o consórcio da imprensa calculou em 9.335 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de -1% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica estabilidade nos diagnósticos.

Ainda há 170.910 casos em acompanhamento, de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado.

Até esta quarta-feira, 21.194.900 pessoas já se recuperaram da covid-19.

Os dados estão no balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira. A atualização é elaborada a partir das informações enviadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre casos e mortes relacionados à covid-19. Não foram incluídos os novos dados do Ceará.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras e nos dias seguintes a feriados em razão da redução de equipes para alimentar o sistema dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral, há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizados.

Boletim Covid 19_17.11.2021

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 estão São Paulo (153.214), Rio de Janeiro (68.774), Minas Gerais (55.952), Paraná (40.736) e Rio Grande do Sul (35.872).

Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.845), Amapá (1.995), Roraima (2.038), Tocantins (3.902) e Sergipe (6.037). Não houve novas mortes entre ontem e hoje no Acre e Amapá.

Quatro estados não registraram óbitos em 24 horas: AC, AP, RO e RR. Em alta estão 8 estados (CE, PA, RN, PI, MS, SP, RO, AM), enquanto outros sete e o DF estão em queda (TO, ES, SE, DF, PE, PB, PR, RR). Outros 11 estão estabilizados.

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