Centrais sindicais: 20 de Novembro “de luta contra Bolsonaro racista”

“Dar fim ao governo criminoso e racista de Jair Bolsonaro é um requisito essencial para que o país possa reencontrar o rumo do desenvolvimento com igualdade e justiça social”, afirmam as entidades

As centrais sindicais se somarão às entidades do movimento negro para celebrar o 20 de Novembro – Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra. Em nota divulgada nesta quinta-feira (18), presidentes das centrais afirmam que a data será um “dia de luta contra Bolsonaro racista”, numa nova rodada de mobilizações pelo #ForaBolsonaro.

“A classe trabalhadora brasileira é negra e, por isso, o movimento sindical irá às ruas em todo o Brasil junto com a população negra e com todas as pessoas comprometidas com a defesa da igualdade racial, da vida, da democracia, contra o desemprego, a carestia e a fome”, afirmam as centrais. “Dar fim ao governo criminoso e racista de Jair Bolsonaro é um requisito essencial para que o país possa reencontrar o rumo do desenvolvimento com igualdade e justiça social.”

Confira abaixo a íntegra da nota.

20 de novembro – Dia da Consciência Negra é dia de luta contra Bolsonaro racista

O Movimento Sindical vai às ruas no sábado, 20 de novembro, em todo o Brasil, junto com movimentos negro e populares em defesa da igualdade racial, da vida, da democracia, contra o desemprego, a carestia e a fome 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, marca a morte de um dos maiores lutadores contra a escravidão no Brasil, Zumbi dos Palmares, e passou a ser celebrada pelo Movimento Negro a partir da década de 1960 como uma forma de valorização da comunidade negra e da sua contribuição à história do país. A data é oficializada pela lei nº 12.519/2011 e marca a resistência do povo negro contra a escravidão e a luta contra o racismo no Brasil.

O trabalho de negros e negras escravizados está na raiz da acumulação capitalista e oligárquica brasileira. A abolição da escravatura, tardia e inacabada, faz com que o racismo seja uma característica marcante da estrutura de classes e da sociedade brasileira até os dias de hoje. A população negra é maioria entre os desempregados e também entre aqueles nos postos de trabalho mais precários e informais. A periferia dos grandes centros urbanos marcada pela moradia precária, pela ausência de infraestrutura social e pela carência de políticas públicas é majoritariamente negra.

É por isso que o descaso no combate à pandemia, o aumento da fome, do desemprego, a alta geral dos preços e o consequente caos econômico e social pelo qual passa o país impactam, primeiramente e com mais intensidade, à população negra e pobre.

A ação, a inércia e as posições do presidente da República e de seus aliados reacionários e conversadores reforçam e apoiam a violência e a hostilidade que discriminam, agridem e matam corpos pretos todos os dias, ao mesmo tempo em que negam e tornam invisíveis o caráter estrutural do racismo no Brasil.

Superar o racismo é uma exigência fundamental para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática e justa. Garantir o direito ao trabalho decente e protegido para a população negra é um dos caminhos para reparação de uma história de exclusão e desigualdade e garantia de futuro diferente. Dar fim ao governo criminoso e racista de Jair Bolsonaro é um requisito essencial para que o país possa reencontrar o rumo do desenvolvimento com igualdade e justiça social.

A classe trabalhadora brasileira é negra e, por isso, o movimento sindical irá às ruas em todo o Brasil junto com a população negra e com todas as pessoas comprometidas com a defesa da igualdade racial, da vida, da democracia, contra o desemprego, a carestia e a fome, neste sábado, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

#20NForaBolsonaroRacista

Brasil, 17 de novembro de 2021

  • Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
  • Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
  • Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
  • Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
  • José Reginaldo Inácio, Presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
  • Antonio Neto, Presidente da CSB, (Central dos Sindicatos Brasileiros)
  • Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da CSP-Conlutas
  • Edson Carneiro Índio, Secretário-geral da Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)
  • José Gozze, Presidente da Pública, Central do Servidor
  • Emanuel Melato, Intersindical Instrumento de Luta
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