Voltas às aulas presenciais preocupa por crianças não imunizadas
Relatório da Rede de Pesquisa Solidária analisa números da covid na faixa etária e discute importância da testagem e outros protocolos no retorno às aulas presenciais
Publicado 26/10/2021 22:43 | Editado 26/10/2021 22:48
A Rede de Pesquisa Solidária, criada para melhorar a qualidade da gestão de políticas públicas, divulgou o Boletim 36, com foco na vacinação de crianças e jovens menores de 11 anos. Essa faixa etária permanece sem acesso aos imunizantes mesmo em um momento de retorno às aulas presenciais.
A professora Lorena Barberia, do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e membro da Rede de Pesquisa Solidária, afirma que a preocupação dos pesquisadores responsáveis pela nota é principalmente com a proteção das crianças, que estão vulneráveis ao vírus da covid-19. “A gente precisa pensar na vacinação, nos protocolos, na testagem e em todo esse pacote de medidas ser coerente para garantir maior saúde e segurança a essas faixas etárias”, diz.
O boletim também discute a letalidade do vírus em crianças. “Vemos uma elevação importantíssima de hospitalizações de crianças e adolescentes, algumas chegam a óbito e algumas ficam com sequelas que duram mais de 12 semanas”, afirma Lorena, ao comentar a chamada covid longa e a necessidade de cuidados mesmo após a alta. A professora ressalta a importância de manter e fortalecer os protocolos de segurança, não flexibilizá-los, como tem sido feito.
A nota técnica número 36 pode ser acessada na íntegra clicando aqui.
Edição de entrevista à Rádio USP