Punição aos crimes de Bolsonaro apontados pela CPI, por Aladilce Souza

Bolsonaro praticou crimes de maneira escancarada e sem pudor algum.

Esta semana a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covi-19 apresentou o relatório final dos trabalhos iniciados em abril e apontou nove crimes cometidos pelo presidente da República, entre eles: incitação, charlatanismo e prevaricação.

O documento foi concluído após um processo que ouviu diversas pessoas, entre empresários, servidores públicos, ministros, ex-ministros e parlamentares, para investigar e apurar comportamentos e ações de Bolsonaro durante a pandemia do coronavírus.

O colegiado constatou que a recusa ao uso de máscaras de proteção, ao isolamento social e as declarações negacionistas foram propositalmente articuladas para expor a população ao vírus, atingir a imunidade de rebanho e com isso acabar com a pandemia. Uma tese sem amparo científico que contou com o apoio de médicos bolsonaristas do gabinete paralelo que incentivavam ainda o uso e a disseminação de medicamentos sem eficiência comprovada, o que elevou consideravelmente o número de mortes no país.

Vacina: compra x corrupção x distribuição

Todos os crimes foram praticados de maneira escancarada e sem pudor algum. A compra da vacina, por exemplo, que poderia ter evitado a morte milhares de pessoas, foi negligenciada. O laboratório Pfizer, primeiro fabricante a propor uma comercialização com o Brasil, denunciou a falta de resposta para uma proposta apresentada por e-mail ainda em agosto de 2020.

A CPI também apurou um escândalo de corrupção na compra dos imunizantes Covaxin e Astra Zeneca. As transações previam pagamento de US$ 1 dólar de propina por cada dose adquirida. Uma negociação que renderia inicialmente US$400 milhões de dólares, e tudo isso com o conhecimento do presidente.

Efeito jacaré x eficácia

Outro comportamento denunciado como criminoso diz respeito às declarações públicas do presidente com relação a eficácia dos imunizantes, o que colocou a população contra a vacina.

As vacinas já se mostraram eficazes e a prova disso está na queda dos números de infectados e mortes mesmo com o baixo percentual de pessoas completamente imunizadas com as duas doses, que hoje está em cerca de 50% da população.

Atualmente o país registra em média 360 mortes e cerca de 15 mil infectados por dia. No mesmo período do ano passado a média era de 529 vítimas e mais de 23mil infectados em 24 horas.

Ações conjuntas

O relatório indicou ainda que em nenhum momento o presidente da República promoveu ações articuladas conjuntas com os governadores para conter a doença ou minimizar seus efeitos. Isso levou os gestores a agirem de maneira individualizada e resultou em desabastecimento de medicamentos, de insumos e equipamentos de suporte e ventilação em várias regiões.

Para se ter uma ideia, só no início do mês de janeiro morreram mais 1.650 pessoas por falta de oxigênio no Amazonas. O número foi superior ao total de mortes no estado no período entre abril e dezembro de 2020.

Bolsonaro genocida

Todos estes crimes, agora denunciados pela CPI, que exigem de nós vigilância para que não fiquem impunes, sempre foram apontados pelos partidos de esquerda e movimentos sociais e enxergamos esse comportamento como de um insano genocida.

A gargalhada do senador Flávio Bolsonaro esta semana nada mais é que uma continuação do descaso e da falta de sensibilidade e respeito que este governo vem cometendo contra às mais de 604 mil vítimas fatais do coronavírus e seus familiares.

Seguiremos firmes para que a justiça seja feita e Bolsonaro pague por todos os crimes que cometeu.

Fora, Bolsonaro!

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