Em carta, líderes de todo o mundo rechaçam golpismo de Bolsonaro
Entre os signatários estão o ex-primeiro ministro da Espanha José Luis Rodrigues Zapatero; o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo; o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper; o vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980, Adolfo Pérez Esquivel; e o professor norte-americano Noam Chomski
Publicado 07/09/2021 11:12 | Editado 07/09/2021 16:55
Líderes políticos e intelectuais de 26 países divulgaram uma carta na qual denunciam as intenções golpistas e antidemocráticas de Jair Bolsonaro ao convocar seus apoiadores para uma manifestação contra as instituições brasileiras, sobretudo o Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, 7 de setembro.
Assinam o texto o ex-primeiro ministro da Espanha José Luis Rodrigues Zapatero; o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo; o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper; o vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1980, Adolfo Pérez Esquivel; o professor norte-americano Noam Chomski; e o vice-presidente do Parlamento do Mercosul, Oscar Laborde; além de aproximadamente 150 parlamentares de todo o mundo, incluindo América Latina, Europa, Estados Unidos e Austrália.
Eles denunciam episódios recentes em que Bolsonaro se mostrou antidemocrático, como no ataque às urnas eletrônicas e no recente desfile de tanques em frente ao Congresso Nacional, e citam as denúncias de que o atual presidente brasileiro tenta incentivar seus apoiadores a repetir no Brasil o ataques que eleitores de Donald Trump realizaram ao Capitólio, a sede do Congresso americano.
“O povo brasileiro lutou por décadas para garantir a democracia contra uma ditadura militar. Não se pode permitir que Bolsonaro a roube agora”, dizem os signatários, logo após avisar: “Estamos atentos para defender as instituições democráticas brasileiras durante e depois do 7 de Setembro”.
Segundo informa a Folha de S. Paulo, a carta foi coordenada pela Progressive International, rede global progressista que busca conter o avanço da direita no mundo. No mês passado, a entidade enviou uma delegação ao Brasil para sondar ameaças do governo Jair Bolsonaro.
Fonte: PT Nacional