Senadores na CPI denunciam ataques e ameaças de milícias digitais
Senador Humberto Costa denuncia ação do site Dallas Cowboy RGG que o acusa de praticar rachadinha com base em documentos legais
Publicado 03/08/2021 11:57 | Editado 03/08/2021 12:06
O senador Humberto Costa (PT-PE) denunciou nesta terça-feira (3), na CPI da Covid, que integrantes da oposição no colegiado estão sendo atacados por ação de milícias digitais. No seu caso, o parlamentar diz que o site Dallas Cowboy RGG, de Richards Pozzer, insinuou que ele praticava rachadinha no seu gabinete. Trata-se da prática da retenção de salários de funcionários pelos parlamentares.
O parlamentar diz que as verdadeiras rachadinhas as figuras não investigam. “Eu quero deixar antecipadamente para todas as pessoas que nos acompanham que já pedi a quebra do perfil, desse perfil aqui da internet e que vou processá-lo”, avisou.
Ele ainda lembrou que a quantidade de ataques que recebeu aumentarm. “Eu, em média, encaminho 50 representações por dia contra pessoas que nos atacam pelas redes sociais. Muitas vezes, são até robôs”, lembrou.
Costa explicou que o Senado promove o ressarcimento das despesas do mandato de cada senador. “Muitos Senadores colocam as suas despesas no Portal da Transparência. É o meu caso. Todas! Todas as despesas que faço dentro do mandato coloco no Portal da Transparência. E o que é que esse cidadão faz? Ele pega notas que foram ressarcidas para funcionários, porque qualquer funcionário, pela resolução do Senado, pode pagar uma despesa e ser ressarcido dessa despesa – e cria a invencionice de que isso é rachadinha”, disse.
Linha de investigação
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que o senador Humberto sofre ataque por causa da tarefa pela qual está responsável. “É pela linha de investigação em que o senhor está avançando: os hospitais federais do Rio de Janeiro. Eu não tenho dúvida! Há um pavor no ar enorme sobre essa linha de investigação. E eu rogo (…) Eu tenho certeza de que ela será promissora nesta CPI”, afirmou.
O vice-presidente disse ainda que vários membros da comissão têm sido atacados nas “redes de ódio com um claro intuito” de intimidação. “As intimidações buscam ser feitas de todas as formas: é com notinha encaminhada para cá, às vezes contra o presidente da CPI; é com ameaças, como foi no começo; e, agora, é através de milícias digitais espalhando fake news”, criticou.