Israel: Novo governo, mesmos crimes contra a Palestina
Com outro governo e a mesma política criminosa, Israel intensifica ações repressivas contra o povo palestino, na Cisjordânia, em Gaza e em Jerusalém: assassinatos, prisões sem julgamento, destruição de estruturas, expulsão de famílias dos lares e construção de colonatos.
Publicado 22/07/2021 23:19
Ocupantes israelitas prenderam 5400 palestinos no primeiro semestre de 2021
Israel deteve mais de 5400 palestinos no primeiro semestre deste ano, incluindo 854 menores e 107 mulheres, denunciaram no dia 18, em Ramallah, organizações defensoras dos direitos humanos.
Hoje, 4850 palestinos, entre eles 225 menores de idade, encontram-se em cárceres israelitas, precisa um relatório semestral elaborado por essas organizações não governamentais. Do total, 540 pessoas estão sob “detenção administrativa”, um conceito utilizado pelos ocupantes para manter presos sem julgamento ou processo, durante meses e anos, habitantes da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
O relatório foi elaborado pela Comissão de Assuntos de Prisioneiros, Sociedade Palestina de Prisioneiros, Associação de Direitos Humanos e Apoio a Prisioneiros Addameer e Centro de Informação de Wadi Hilweh.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) denunciou na véspera que, nos primeiros seis meses de 2021, Israel matou 285 palestinos e feriu mais de 10.600.
O organismo internacional precisa que durante esse período as forças ocupantes israelitas demoliram mais de 470 estruturas palestinas na Cisjordânia e em Jerusalém oriental. Como consequência dessa política, cerca de 620 pessoas foram forçadas a deixar os seus lares. Foram ainda reportados 290 ataques de colonos contra palestinos.
A Autoridade Palestina acusou Israel de levar a cabo uma “limpeza étnica” em Jerusalém oriental e na Cisjordânia, como parte da sua política de colonização, e apelou à intervenção do Conselho de Segurança da ONU.
Desumanidade
As autoridades israelitas não autorizaram a prisioneira política palestiniana Khalida Jarrar de comparecer ao funeral da sua filha, Suha, de 31 anos, encontrada morta em casa no dia 11 de Jjulho. Apesar desta decisão desumana do ocupante sionista, milhares compareceram no funeral da jovem, ela própria uma destacada militante da causa palestina. Suha Jarrar trabalhava como investigadora jurídica e oficial de defesa na Al-Haq, uma organização de direitos humanos com sede em Ramallah.
Khalida Jarrar, de 58 anos, está presa desde 2019 acusada de “incitamento à violência” e de “pertencer a organização banida” – ou, por outras palavras, está presa por ser membro da Frente Popular de Libertação da Palestina. Ex-deputada do Conselho Legislativo Palestino, Jarrar é uma destacada defensora dos direitos das mulheres e dos presos políticos. Está presa pela quarta vez.
Fonte: Avante!