Deputado petista diz que Luis Miranda gravou conversa com Bolsonaro
Os irmãos Miranda afirmaram à CPI da Covid que relataram ao presidente da República, em 20 de março, cobrança de propina e outras irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.
Publicado 10/07/2021 17:00 | Editado 11/07/2021 12:40
Os irmãos Miranda afirmaram à CPI da Covid que relataram ao presidente da República, em 20 de março, cobrança de propina e outras irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou na sexta-feira (9) que a reunião entre o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Fernandes Miranda, com o presidente Jair Bolsonaro foi gravada.
Em uma publicação no Twitter, Pimenta disse que “são 50 minutos de muita informação e baixaria”. Segundo o portal Terra, o deputado petista afirmou que Miranda exibiu um trecho da gravação a um grupo restrito de parlamentares, em Brasília.
ATENÇÃO: Conversa de Bolsonaro com irmãos Miranda foi gravada. São 50 minutos de muita informação e baixaria. Próximos dias prometem ! #ForaBolsonaro #BolsonaroVaiCair
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) July 9, 2021
O deputado teria reproduzido parte do áudio para mostrar aos colegas parlamentares que o material existia. Entre os presentes estariam deputados aliados do presidente Bolsonaro. Segundo parlamentares, Miranda afirmou que só vai divulgar o conteúdo da gravação caso o presidente diga em público que ele e seu irmão estão mentindo.
Depoimento à CPI
Em 25 de junho, durante quase oito horas de depoimento, os irmãos Miranda disseram à CPI da Covid que relataram a Bolsonaro, em reunião ocorrida no Palácio da Alvorada em 20 de março, que ocorreram cobrança de propina e outras irregularidades na compra da Covaxin, vacina contra a COVID-19 produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech.
O caso também é investigado pelo Ministério Público (MPF), que viu indícios de crime. Luis Ricardo Fernandes Miranda discute com a Polícia Federal a possibilidade de ser incluído no programa de proteção a testemunhas.
Fonte: Sputnik Brasil