Deputada repudia exclusão de metade do acervo da Fundação Palmares

Confira a repercussão da censura ideológica a livros do acervo da Fundação Palmares.

Acervo de livros da Fundação Palmares sobre censura ideológica

A presidente da Comissão de Cultura, deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), usou suas redes sociais nesta segunda-feira (14) para repudiar o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, pela exclusão de obras do acervo da instituição. Vários outros parlamentares e personalidades criticaram a medida considerada censura.

“O presidente da Fundação alega que a maioria das obras é pautada nas ‘revoluções marxistas’. Na lista de exclusão, além das obras de Karl Marx, estão outros importantes pensadores. Isso é um delírio ideológico de Sérgio Camargo. Todo nosso repúdio!”, afirmou.

Na última sexta-feira (11), a Fundação publicou um relatório intitulado “Retrato do Acervo: A Doutrinação Marxista”. Segundo o documento, o acervo da Fundação Palmares conta com 9.565 títulos, dos quais 46% são de temática negra, enquanto 54% abordam outros temas.

Segundo o relatório, o acervo da instituição é “defasado e brutalmente parcial, uma vez que totalmente engajado nas lutas da esquerda e completamente alheio à realidade do negro brasileiro”.

Além de obras de Marx, Engels e Lênin, a lista do expurgo de livros contém títulos de autores como Max Weber, Eric Hobsbawn, H. G. Wells, Celso Furtado, Marco Antônio Villa.

Os livros, segundo o documento, serão doados.

Confira a repercussão da medida da direção da Fundação Palmares:

Com informações da Liderança do PCdoB na Câmara

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