Socorro Gomes repudia violência contra grevistas na Colômbia
A Colômbia cobra atenção devido à perseguição aos colombianos e colombianas mobilizados na grande Greve Nacional, iniciada em 28 de abril, contra a reforma tributária do governo de Iván Duque. Herdeiro do uribismo que grassou pelo país com o terrorismo de estado e o respaldo a milícias paramilitares contra dirigentes sociais, o governo Duque aposta na militarização da repressão.
Publicado 04/05/2021 17:31 | Editado 04/05/2021 17:32
Desde o começo da greve, segundo a organização colombiana Marcha Patriótica, oito pessoas já foram assassinadas. A presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP), Socorro Gomes, emitiu, nesta segunda-feira (3), uma nota em repúdio à violência.
Leia a seguir:
Repúdio à política persecutória e criminosa do governo duque na Colômbia
Acompanhamos com consternação e repúdio a persistente campanha persecutória empreendida pelo governo de Iván Duque na Colômbia contra os movimentos populares sociais e entidades políticas progressistas que lutam por melhores condições de vida e pela paz no país.
Desde que voltaram às ruas em massa a finais de abril com uma Greve Nacional contra a reforma tributária, as e os colombianos mais uma vez pagam com a sua liberdade e a sua vida sob a repressão das forças policiais. Desde 28 de abril, estimam as entidades populares, oito manifestantes foram assassinados pelas forças colombianas.
Por isso, o Conselho Mundial da Paz (CMP) reafirma sua firme solidariedade ao povo colombiano e inequívoco repúdio à política neoliberal de exploração, opressão e morte sustentada pelo governo Duque, herdeiro do uribismo que tanto custou às camadas populares e às forças progressistas no país, com o terrorismo estatal.
Como de costume, o governo colombiano responde às justas demandas sociais e populares com a militarização de uma repressão brutal, violando os direitos humanos em todas as suas expressões. Além disso, em 2020 as entidades colombianas já denunciavam que mais de 1.000 dirigentes sociais haviam sido assassinados desde a assinatura dos acordos de paz em 2016, o que demonstra que não há compromisso com a paz de uma parte neste longo conflito. Todas as suas dimensões estão ligadas e têm consequências regionais, uma vez que Duque também se junta à ingerência imperialista na Venezuela bolivariana, fomentando a inimizade com o seu vizinho.
O CMP, assim, responde ao chamado das forças populares colombianas e demanda o fim da política persecutória e terrorista do governo colombiano contra as e os manifestantes nas ruas e no campo por uma vida melhor e mais justa em sua pátria.
Pela Paz e a Justiça na Colômbia já,
Socorro Gomes
Presidenta do Conselho Mundial da Paz
Fonte: Cebrapaz