Estudantes protestam em 200 cidades por Vida, Pão, Vacina & Educação
“Não aceitamos viver num país onde se morre de fome ou de Covid-19”, disse Rozana Barroso
Publicado 31/03/2021 11:28 | Editado 31/03/2021 11:48
Uma série de atos simbólicos promovidos pelas entidades estudantis reivindicou, nesta terça-feira (30), “Vida, Pão, Vacina & Educação!”. Som a liderança da UNE, da Ubes e da ANPG, os protestos se espalharam por mais de 200 cidades brasileiras. As manifestações seguiram à risca as recomendações sanitárias, com uso de máscara pelos manifestantes e distanciamento.
Em São Paulo, o ato principal tomou a Avenida Paulista e denunciou a política genocida do governo Jair Bolsonaro. “Não aceitamos viver num país onde se morre de fome ou de Covid-19. Basta deste governo genocida”, discursou Rozana Barroso, presidenta da Ubes. Uma imensa faixa com o slogan “Vida, Pão, Vacina & Educação!” foi aberta na Paulista, em frente ao Masp.
Cartazes e faixas foram instalados também nos Arcos da Lapa (Rio de Janeiro) e no Teatro Amazonas (Manaus). Além do slogan da campanha, as entidades pediram o “Fora Bolsonaro” em diversos locais.
“É o grito dos estudantes que não aguentam mais e que não se calarão diante de um governo genocida”, agregou Rozana Barroso. “Não podemos perder uma geração para a desesperança, a fome, o trabalho precário, a evasão escolar. Exigimos urgência para vacinar toda a população, exigimos direito à vida”.
A manifestação dos estudantes é um conjunto de mobilizações que marcam o mês de março, em homenagem a Edson Luís, secundarista assassinado pela ditadura militar em 28 de março de 1968, no Rio de Janeiro. As ações também “descomemoram” o Golpe Militar de 1964.
A jornada de lutas 2021 foi aprovada em reunião das diretorias executivas das entidades no último dia 16. No encontro foi aprovado também a realização conjunta da 12ª Bienal da UNE. O Festival dos Estudantes terá como tema “Brasil, um povo que resiste”. A abertura será no dia 27 de abril e a programação de mostras e debates vai do dia 19 a 23 de maio, majoritariamente online.
Com informações das entidades e da RBA