Brasil bate novo recorde e registra 3.780 mortes por covid em 24h
Ao todo, 317.646 brasileiros morreram vítimas da doença causada pelo novo coronavírus. Média diária é de 2.728 mortes.
Publicado 30/03/2021 20:57 | Editado 30/03/2021 21:02
O Brasil bateu nesta terça-feira (30) novo recorde, com o registro de mais 3.780 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com o levantamento do Conass (Conselho Nacional de Secretários da Saúde). O total não considerou os dados do estado de Roraima, que não foram incluídos no balanço diário do Ministério da Saúde de hoje (30).
Antes, o maior número registrado era o da última sexta-feira (26), quando 3.610 vítimas entraram na contagem. Ao todo, foram confirmados 317.646 óbitos em decorrência da doença no país.
Com a atualização, a média móvel de mortes também atinge nova máxima, de 2.728 nos últimos sete dias, segundo o consórcio da imprensa. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +34%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença.
Também foram adicionados mais 84.494 casos, totalizando 12.658.109 desde o início da pandemia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 75.340. Isso representa uma variação de +7% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade nos diagnósticos.
Em março, o Brasil foi o país em que mais de morreu por covid-19, de acordo com dados da plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford. Até esta segunda (29), 58.924 brasileiros morreram vítimas da doença, mais que o dobro dos óbitos registrados na Ásia no mesmo período.
Na comparação, o Brasil espanta o mundo todo com seus números de mortes diárias:
1º Brasil – 3.780
2º EUA – 563
3º Itália – 529
4º Polônia – 461
5º Rússia – 409
6º Índia – 355
7º França – 348
8º Ucrânia – 286
9º Hungria – 274
10º Alemanha – 234
11º México – 203
Ou então: Brasil registra 3.780 mortes em 24h, enquanto os 10 países seguintes somam 3.662.
Estados
A aceleração do contágio e dos óbitos tem causado colapso no fornecimento de medicamentos e insumos hospitalares, assim como os cemitérios começam a sentir o excesso de demanda. Até o começo desta tarde, 24 estados e o Distrito Federal tinham mais de 80% de ocupação dos leitos de UTI. Só Amazonas e Roraima não atingiram esse patamar. Em Rondônia e no Mato Grosso do Sul, não havia nenhuma vaga de terapia intensiva disponível.
Diversos municípios estão em regime de recesso, com feriados antecipados para aumentar o nível de distanciamento social. Apesar da interrupção de serviços e comércio, aglomerações continuam ocorrendo clandestinamente, o que afeta a taxa.
Dezessete estados e o Distrito Federal estão com alta nas mortes: ES (+118%), MG, RJ, SP, DF (+100%), GO, MS, MT, AP, TO, AL, CE, MA, PB, PE, PI, RN e SE. Apenas Amazonas e Roraima apresentam desaceleração de mortes, com os demais estados em estabilidade, inclusive os estados sulistas e do norte.
Vacinação
Enquanto isso, a vacinação avança lentamente. De acordo com levantamento do consórcio da imprensa com dados das secretarias de Saúde, 16,9 milhões de brasileiros receberam a primeira dose e 4,9 milhões, a segunda, necessária para ser considerado imunizado. Isso corresponde a 8% e 2,3% da população, respectivamente.
No total, 21.883.663 doses foram aplicadas em todo o país.
A Anvisa tem adiado certificação a farmacêuticas que produzem vacinas e que já fornecem para dezenas de países. Hoje foi a Bharat Biotech, que produz a Covaxin na Índia. A vacina russa Sputnik V e a vacina da Jansen também têm sofrido atrasos constantes em sua certificação pela Anvisa, que só foi sair hoje. São vacinas que já contam com acordos nacionais e que já poderiam estar sendo fornecidas no país.