Com mais de 80% vacinados, Israel cai de 10 mil para 3 mil contágios

No dia 20 de janeiro, eram mais de 100 mortes por dia, número que caiu para uma média de 30, agora.

Vacinação em Tel Aviv, Israel.

Israel já pode ser considerado o país que alcançou a imunidade coletiva, tendo ultrapassado os 80% da população imunizada contra a covid-19 nas seis semanas desde que começou a administrar a segunda dose da vacina Pfizer/BioNTech. Os efeitos disso estão sendo analisados e já começam a ser percebidos pela queda na curva de contágios e mortes para um terço do que tinha em 20 de janeiro, quando chegou ao pico de uma terceira onda.

À medida que os números da vacinação foram aumentando, os hospitais relatam um declínio constante no número de pacientes com coronavírus gravemente enfermos e na taxa de disseminação geral. Esta percepção é uma esperança para os países que correm para imunizar suas populações, embora poucos tenham alcançado os 10%, até o momento. O Brasil sofre para alcançar os 3% de imunizados, com várias capitais e cidades do interior interrompendo a campanha por falta de doses.

Curva de contágios cai a um terço do total do início de janeiro até meados de fevereiro
Vacinação também pode estar relacionada com a mesma queda de óbitos no mesmo período

Enquanto os EUA, a União Europeia e a maioria dos outros países tiveram implementações lentas e desconexas, Israel correu na frente, garantindo milhões de doses da vacina e explorando seu sistema de saúde centralizado para distribuir rapidamente as injeções.

A vacina Pfizer levou a 94% menos doenças sintomáticas e 92% menos casos graves, de acordo com um estudo com 1,2 milhão de pessoas pela maior organização de manutenção da saúde de Israel.

Desde o início da vacinação, o país do Oriente Médio vem sendo aquele com a maior aceleração na imunização da população. Hoje, o país passa de sete milhões de doses aplicadas, menos que EUA, Reino e Índia, apenas. O Brasil é o próximo com 6,21 milhões de doses aplicadas.

Embora o ritmo das vacinações tenha diminuído um pouco nas últimas semanas, o sucesso de Israel estimulou o governo a aliviar as restrições ao movimento que estão em vigor há meses. Na próxima semana, eventos esportivos e culturais serão abertos aos que já foram totalmente vacinados, e todos poderão ir a shoppings e lojas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estabeleceu uma meta de inocular a maioria dos 6,5 milhões de pessoas com mais de 16 anos até o final de março, permitindo que a economia se reabrisse completamente. Cerca de 4 milhões de pessoas – 43% dos residentes – receberam pelo menos uma dose. Quase um terço recebeu duas doses.

O país ainda não acabou com a pandemia. Israel ainda precisa inocular resistências entre os idosos, e os hospitais provavelmente verão mais novos casos à medida que a economia volta à vida.

Embora o Sheba Medical Center, o maior hospital do país, tenha fechado apenas algumas enfermarias para casos leves, a equipe ainda está ocupada com os casos críticos. Os jovens são responsáveis ​​por uma proporção crescente de doentes graves, devido à disseminação da variante que surgiu no Reino Unido, juntamente com as taxas de vacinação mais baixas nessa faixa etária, disse ela.

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