Revista Princípios discute desafios do mundo pós-covid
Cientistas das mais diversas áreas do conhecimento hoje se debruçam sobre os problemas colocados pela pandemia, buscando explicações, desenvolvendo tecnologias e práticas, promovendo reflexões políticas e filosóficas sobre diferentes aspectos da vida social e econômica que emerge da crise sanitária.
Publicado 25/01/2021 12:29
O ano de 2020 será lembrado para sempre pela pandemia de covid-19. Vista de conjunto, essa situação traz repercussões que, em sua totalidade, apenas começam a ser avaliadas. Cientistas das mais diversas áreas do conhecimento hoje se debruçam sobre os problemas colocados pela pandemia, buscando explicações, desenvolvendo tecnologias e práticas, promovendo reflexões políticas e filosóficas sobre diferentes aspectos da vida social e econômica que emerge da crise sanitária. A fim de fomentar essa reflexão sobre as possíveis consequências da pandemia nas mais diversas esferas da vida e nos diferentes grupos sociais, a Princípios apresenta o dossiê “O mundo pós-covid”, organizado por Dra. Ilka Bichara (Psicologia – UFBA) e Dr. Nilson Weisheimer (Sociologia – UFRB).
Com esta edição, Princípios chega ao segundo número produzido sob um novo projeto editorial, com novas formas de seleção e avaliação dos textos, agora submetidos a peer review. Há duas chamadas de artigos em vigência: a do dossiê “metamorfoses do poder político” — previsto para março de 2021 — e a do dossiê “O Iseb e o desenvolvimento nacional” — previsto para julho do mesmo ano. Ambas as chamadas podem ser conferidas no OJS da revista, no endereço https://revistaprincipios.emnuvens.com.br/principios.
Na edição atual, além dos desafios postos para as áreas de saúde e da pesquisa em torno do vírus causador da pandemia, autores se debruçam sobre as consequências do isolamento social e da suspensão de atividades econômicas. No Brasil — como em outros países — foi necessário destinar um auxílio emergencial para aqueles que ficaram sem qualquer fonte de renda. O auxílio sustentou famílias e aqueceu a economia nos rincões mais pobres do país, o que fez aumentar a popularidade do presidente, apesar de sua política negacionista em reação à pandemia e de seu boicote às iniciativas e orientações de cientistas e da OMS.
Vista de conjunto, essa situação traz repercussões que, em sua totalidade, apenas começam a ser avaliadas. Cientistas das mais diversas áreas do conhecimento hoje se debruçam sobre os problemas colocados pela pandemia, buscando explicações, desenvolvendo tecnologias e práticas, promovendo reflexões políticas e filosóficas sobre diferentes aspectos da vida social e econômica que emerge da crise sanitária. Para além dos saberes científicos sobre o próprio vírus, que envolvem as medidas para interromper sua propagação — incluindo a busca por vacinas —, são realizadas reflexões sobre a saúde física e mental da população isolada, principalmente das camadas mais vulneráveis como idosos, mulheres, jovens, populações pobres, negras e em situação de risco, entre outros segmentos afetados não só pelo contágio da doença, mas também pelas restrições de contato e pelo fechamento de escolas, estabeleci-mentos comerciais, lugares turísticos etc.