(foto: Reprodução/Redes sociais)
Várias capitais do Brasil, como Fortaleza, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília, tá registraram carreatas, na manhã deste sábado (23), pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL).
Em Brasília, com gritos de fora Bolsonaro e buzinaço, centenas de carros saíram as ruas. A mobilização ocorreu no Eixo Monumental e na Esplanada dos Ministérios.
Nos vidros dos carros, dizeres de “viva o SUS” e “vacina para todos” marcaram o protesto organizado em várias regiões do país. De acordo com a organização, mais mil veículos participaram do ato no DF.
Faixas pedindo “impeachment já” também foram erguidas no gramado em frente ao Congresso Nacional. A Polícia Militar
acompanhou o evento.
(foto: Reprodução/Redes sociais)
No Rio de Janeiro, várias pessoas também saíram em carreata, pedindo o afastamento de Bolsonaro
Em Porto Velho, capital de Rondônia, também foram resistrados
movimentos.
Em Cuiabá, capital do Mato Grosso, várias pessoas também foram às ruas.
Em Belo Horizonte também está
prevista a realização do movimento, assim como em cidades no interior de Minas. Na maioria das capitais, as carreatas estão previstas para a parte da tarde.
Hoje, 61 processos pedidos de afastamento dormem na gaveta do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, responsável por acolher ou arquivar as petições.
DECLARAÇÕES
Na avaliação do porta-voz do partido Rede Sustentabilidade no DF Ádila Lopes, a mobilização deste sábado é um ‘esquenta’ para o ato previsto para o dia 31 – na véspera das eleições para a presidência da Câmara e do Senado.
Para Lopes, o apoio de movimentos de direita ao impeachment de Bolsonaro mostra uma oportunidade de convergência em prol da democracia. “Quando você chega a situações delicadas como a que a gente tem, essas movimentações tendem a ir caminhando para um funil, de modo que em algum momento se encontrem”, disse.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que marcou presença na carreata em Brasília, convocou a população a manter as cobranças pela saída do presidente da República em manifestações, panelaços e pressão nas redes sociais. “Para aqueles que dizem que colocar o impeachment agora é gerar instabilidade no Brasil, nós temos que responder que a instabilidade já está acontecendo e a crise está grave. E a instabilidade tem nome: Jair Bolsonaro”, declarou.
“Ao lado da luta da vacina para todos, pelo fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde), ao lado da luta pela renda emergencial para que nosso povo não passe fome, a principal luta política é tirar Bolsonaro. Por isso é muito importante as manifestações que estamos fazendo”, acrescentou.
Para este fim de semana, movimentos de esquerda, de direita e representantes da sociedade civil convocaram atos em favor do impeachment em ao menos sete capitais e no Distrito Federal. Atores políticos que estiveram em lados opostos durante o impeachment da presidente Dilma Rousseff agora pedem juntos a saída de Bolsonaro. É o caso da Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, que apoiaram a petista em 2016, e o MBL e o Vem Pra Rua, que defenderam a queda da petista.
Entretanto, os protestos organizados por cada grupo estão sendo marcados para dias separados. O Acredito, movimento de renovação política, e os grupos de esquerda organizaram seus protestos neste sábado, enquanto os grupos de direita marcaram seus atos para domingo, 24.
Popularidade
Influenciada pela situação da pandemia da COVID-19 no País, marcada pela crise no fornecimento de oxigênio na rede de saúde de Manaus (AM),
a popularidade do presidente já se mostra abalada. Pesquisa Datafolha divulgada ontem indicou aumento do número de insatisfeitos com Bolsonaro: 40% da população avalia sua atuação como ruim ou
péssima, comparado com 32% que assim o consideravam na edição anterior da sondagem, no começo de dezembro.
Nos bastidores da Câmara dos Deputados, foram reforçadas as conversas sobre instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações e omissões do governo durante a crise sanitária do novo coronavírus – possibilidade já levantada inclusive pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Nas mídias sociais, levantamento feito na última semana pelo banco Modalmais e a consultoria AP Exata mostrou que a popularidade do presidente enfrenta desgaste no ambiente digital. Levantamento feito com base em perfis públicos nas redes sociais mostrou que 37,2% das menções ao presidente foram classificadas como ruins ou péssimas. O percentual de menções avaliadas como positivas (boas ou ótimas) foi de 34,8%.
Sobre pedidos de impeachment, as principais hashtags encontradas em posts que mencionaram o presidente ao longo da semana citaram o processo, houve proporção de 58% a favor e 42% contra.
Com informações das agências de notícias