O homem das cavernas e a vacina

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Cena do filme A Guerra do Fogo, de Jean-Jacques Annaude.

Desde o período da pré-história chamado de Paleolítico, da Pedra Lascada, o homem das cavernas vivia em grupos, caçava, se alimentava, agia e pensava coletivamente. Daí o nome do regime: Comunismo Primitivo.

Após milhares de anos, evoluíram as condições de vida, de moradia, do trabalho, da saúde, menos uma questão fundamental: o regime de convívio entre os homens.

Os mais fortes ou “inteligentes” transformaram outros em escravos, os que formaram impérios submeteram seus iguais em servos, os capitalistas, na exploração da maioria.

Todo esse processo insano foi transformando a concepção do homem, do coletivo para o individual. A “justificativa” passou a ser “cada um por si, Deus por todos”.

O homem pré-histórico pensava e agia pela sobrevivência da espécie, hoje infelizmente, a ainda maioria, age, critica, destila ódio, outra vezes prende, tortura e mata, os que lutam em defesa do coletivo.

Nos períodos eleitorais, conquista importante dos humanos e da democracia para escolher os governantes, uma parcela ainda expressiva se utiliza de meios escusos, compra de votos, fake news e outras safadezas para impor sua concepção individualista, na maioria das vezes contrária aos interesses coletivos.

Agora, em mais uma pandemia que se abate sobre a humanidade, esses mesmos que se arvoram de “inteligentes”, “evoluídos”, se rebelam e agem raivosamente contra a vacina, em evidente negacionismo e desrespeito à ciência e à vida.

Infelizmente, no Brasil, essa gente conseguiu levar ao poder o seu representante máximo, o seu Mito, um imbecil em todos os aspectos, por nome Bolsonaro.

O resultado não poderia ser outro senão o agravamento dos males que nos afligem, como o aumento do desemprego, da fome e da pobreza, o assalto aos direitos conquistados, a carestia dos alimentos, a degradação do meio ambiente, os ataques à democracia e à liberdade.

Um dos maiores males está sendo na saúde, onde já morreram mais de 190 mil e foram infectados mais de 7,5 milhões de brasileiros.

Por incrível esse governo que mais parece ser parceiro do demônio, nega a ciência, classifica a pandemia como gripezinha, desmoraliza e desrespeita as medidas de proteção, pratica aglomerações, e agora combate, desestimula e atrasa a compra de insumos e da vacina.

Nesse ritmo o Brasil tende a ser um dos últimos e o mais lento país no processo de imunização e de proteção da sua gente. O Brasil já é o terceiro pais em número de mortos e infectados. Será que Bolsonaro quer obter o macabro recorde mundial?

Os que rejeitam a vacina, na verdade estão a estimular a proliferação do vírus que mata, que ceifa vidas prematuramente, inclusive de jovens na flor da idade. Conscientemente ou não, agem contra a evolução e a preservação da espécie humana.

Nem no período da Pedra Lascada a história registrou tamanha insensatez.

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