Coreia Popular adverte Japão: Esquece a lição que a história ensinou
A Agência Central de Notícias da Coreia (ACNC), órgão de notícias oficial da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) advertiu o Japão, nesta terça-feira (22), sobre o processo de armamento acelerado que a nação nipônica está a levar a cabo.
Publicado 22/12/2020 18:33
Segundo a ACNC “as tentativas dos reacionários japoneses de transformar seu país em uma potência militar estão se tornando mais perigosas. Recentemente, as autoridades japonesas publicaram oficialmente a decisão de estender o alcance do míssil teleguiado tipo 12, a partir de 2021”.
Para a Agência oficial da RPDC tal fato “significa uma declaração clara de dotar-se abertamente dos meios militares de agressão, retirando a máscara da ‘defesa exclusiva’. É claro que essa arma não servirá para a defesa do território nacional quando seu alcance passar para quase 900 quilômetros. O que é sério sobre o caso é que os reacionários japoneses planejam implantá-lo não apenas no solo, mas também em aviões de caça e navios de guerra. A capacidade de navegação aérea do Japão atinge o nível intercontinental e navios de guerra japoneses percorrem as zonas marítimas da região e ao redor do mundo, incluindo aqueles reformados como porta-aviões. Essa realidade aumenta o perigo do caso e dá uma resposta clara a qual é o objetivo do plano japonês. É que procuram realizar de surpresa a sua ambição de voltar a atacar o continente asiático, aumentando a capacidade operacional de ataque no céu, na terra e no mar e colocando os países vizinhos ao seu alcance”.
Depois de derrotado na segunda-guerra mundial, o Japão adotou uma Constituição oficialmente pacifista, que em seu artigo 9º diz textualmente:
“1 – Aspirando com toda a sinceridade a uma paz internacional baseada na justiça e na ordem, o povo japonês renuncia para sempre à guerra enquanto direito soberano da nação, à ameaça ou ao uso da força como meio de resolução dos conflitos internacionais.
2 – Para alcançar o objetivo estabelecido no parágrafo anterior, jamais serão criadas forças terrestres, navais e aéreas, bem como quaisquer forças que possam ser utilizadas para fazer a guerra. O direito de beligerância do Estado não será reconhecido.”
Tão elevado propósito tem sido, no entanto, contornado de diversas maneiras e há anos os setores direitistas no poder têm abertamente defendido mudar o artigo 9º, o que exigiria, além de dois terços dos votos no parlamento a aprovação da população em um referendo. A ACNC, refere-se a isso:
“O suspeito aumento no armamento coincide com a marcha acelerada para a emenda da Constituição pacifista que estipula a renúncia ao direito de beligerância e a não posse da capacidade combativa, fato que causa grande descontentamento na sociedade internacional e também no interior do Japão. O partido da oposição e diferentes círculos do país insular levantam as vozes em protesto apontando que a extensão do alcance do míssil teleguiado do navio terrestre não se compromete com a defesa exclusiva porque será capaz de atacar ‘bases inimigas’. O Japão é o país criminoso derrotado na Segunda Guerra Mundial, que infligiu infortúnios indescritíveis ao povo coreano e a outros povos asiáticos. Seus passos para se tornar uma potência militar a fim de realizar novamente a agressão no exterior será um ato suicida. O Japão se autodestruirá caso continue a agir de forma imprudente, esquecendo a lição que a derrota na segunda guerra lhe ensinou”, conclui a ACNC.