Manifestações homenageiam professor decapitado na França
Milhares de manifestantes reuniram-se na praça da República, onde um minuto de silêncio foi mantido em memória de Samuel Paty.
Publicado 18/10/2020 19:43 | Editado 18/10/2020 19:44

Dezenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Paris e outras cidades francesas neste domingo (18) para prestar homenagem a Samuel Paty, o professor de história que foi decapitado em um subúrbio da capital francesa na sexta-feira (16), presumivelmente por mostrar aos seus alunos desenhos animados de Muhammad. As informações são da agência Russia Today.
Em Paris, milhares de pessoas se reuniram na Praça da República, palco da histórica manifestação que se seguiu aos ataques à revista satírica Charlie Hebdo e ao supermercado judeu Hyper Cacher em 2015.

Os manifestantes reunidos na praça mantiveram um minuto de silêncio em memória de Paty, que culminou em aplausos. Em certo momento, a multidão começou a cantar “La Marseillase”, o hino nacional francês.
Em Lyon, cerca de 6 mil pessoas se reuniram na Place de Bellecour, uma das maiores do país, enquanto cerca de 5 mil se mobilizaram em Toulouse, segundo a mídia local.
Vous ne nous faites pas peur.
— Jean Castex (@JeanCASTEX) October 18, 2020
Nous n’avons pas peur.
Vous ne nous diviserez pas.
Nous sommes la France ! pic.twitter.com/GjUQo9AePa
As manifestações de luto ocorreram em muitas outras cidades da França, incluindo Orleans, Grenoble, Lille e Nice.
O que aconteceu?
Nesta sexta-feira, a polícia francesa matou homem portando uma faca de cozinha e se comportando agressivamente em uma rua na comuna Conflans-Sainte-Honorine, nos subúrbios do noroeste de Paris. O homem não respondeu ao pedido de entregar a arma e foi atingido por vários tiros que causaram sua morte, segundo o noticiário. Junto com o agressor, os policiais encontraram o corpo de um homem decapitado que mais tarde foi identificado como professor de história da escola.

O presidente francês Emmanuel Macron chamou o crime de “ataque terrorista islâmico”, que é um ataque à República.
