Descobertas novas rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj
O caso mostra que a prática da rachadinha no gabinete na Alerj do então deputado estadual, atual senador, ia além dos depósitos realizados na conta do policial militar Fabrício de Queiroz
Publicado 29/09/2020 10:07 | Editado 29/09/2020 11:52
Mais dois casos de rachadinhas envolvendo o ex-deputado Flávio Bolsonaro, atual senador, veio à tona. Duas assessoras dele na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) repassaram um total de R$ 27 mil, após seus salários e auxílio-alimentação caírem em suas contas bancárias, ao advogado ao advogado Luis Gustavo Botto Maia durante o período da campanha eleitoral do ano de 2018.
O esquema foi revelado nesta terça-feira (29) com exclusividade pelo UOL. Segundo a reportagem, o caso mostra que a prática da rachadinha no gabinete na Alerj do então deputado estadual ia além dos depósitos realizados na conta do policial militar Fabrício de Queiroz.
“Foram 22 repasses realizados todos os meses entre junho e dezembro de 2018, período que abrangeu as eleições, ao advogado Luis Gustavo Botto Maia, responsável pela parte jurídica da candidatura de Flávio Bolsonaro ao Senado. Ele recebeu depósitos regulares de Alessandra Cristina Oliveira (15) e Valdenice Meliga (7), de acordo com os dados bancários analisados pela reportagem”, diz um trecho da matéria.
As duas eram assessoras parlamentares de Flávio na Alerj e, ao mesmo tempo, dirigentes do PSL, partido da família Bolsonaro naquele ano.
Em junho, o advogado Botto Maia foi alvo de um mandado de busca e apreensão pela suspeita de participar de uma tentativa de obstruir as investigações sobre o esquema da rachadinha. O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) afirma que Botto Maia participou da discussão de um plano de fuga de Queiroz e sua família.
No final de 2019, o advogado viajou para a cidade de Astolfo Dutra (MG) para se reunir com a mulher de Queiroz, Márcia, e a mãe do chefe do Escritório do Crime Adriano Magalhães da Nóbrega. O miliciano foi morto em fevereiro deste ano, em confronto com a PM baiana. Já Queiroz cumpre prisão domiciliar.
Com informações do UOL