Brasil passa de 80 mil mortes por coronavírus; oito estados pioraram
País tem 80.120 mortes por covid-19 e 2.118.646 infectados. Média móvel de novas mortes na última semana foi de 1.047 óbitos, uma variação de +2% em relação aos dados registrados duas semanas atrás.
Publicado 20/07/2020 22:03 | Editado 20/07/2020 23:45
Na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada no início da noite de hoje (20), consta que foram registradas 632 novas mortes por covid-19 entre ontem(19) e hoje, totalizando 80.120, enquanto o consórcio da imprensa registrou 718 e 80.251. O balanço apresenta também 20.257 (21.749, segundo a imprensa) novos casos confirmados de covid-19 nas últimas 24 horas. No total, 2.118.646 (ou 2.121.645) pessoas foram diagnosticadas com a covid-19 no Brasil desde o início da pandemia e 1.409.202 se recuperaram da doença.
A média móvel de casos foi de 33.384 por dia, uma variação de -12% em relação aos casos registrados em 14 dias.
De acordo com o Ministério da Saúde, 629.324 pacientes estão em acompanhamento. Há ainda 3.946 óbitos em investigação.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 3,8%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 38,1. A incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes é de 1008,2.
Segundo especialistas, a letalidade da covid-19 tende a aumentar conforme ocorre a interiorização da pandemia. Cidades menores de interior do país têm mais população idosa e também menos condições hospitalares para atendimento. É o que vem se percebendo conforme a pandemia avança pelos estados do Sul do país.
Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o número diário registrado tende a ser menor pela dificuldade de alimentação dos bancos de dados pelas secretarias municipais e estaduais. Já às terças-feiras, o quantitativo em geral é maior pela atualização dos casos acumulados aos fins de semana.
Covid-19 nos estados
Os estados com mais registro de mortes por covid-19 são: São Paulo (19.788), Rio de Janeiro (12.161), Ceará (7.185), Pernambuco (6.036) e Pará (5.538). As Unidades da Federação com menos óbitos são: Mato Grosso do Sul (228), Tocantins (299), Roraima (431), Acre (465) e Amapá (515).
Os estados com mais casos confirmados desde o início da pandemia são: São Paulo (416.434), Ceará (147.566), Rio de Janeiro (141.005), Pará (139.396) e Bahia (123.292). As Unidades da Federação com menos pessoas infectadas registradas são: Mato Grosso do Sul (16.337), Tocantins (17.898), Acre (17.462), Roraima (25.686) e Rondônia (29.801).
No total, 8 estados apresentaram alta de mortes: PR, RS, SC, MG, MS, MT, TO e PB.
Em relação a domingo (19), GO e PA deixaram a lista de estados com alta, e PB e MT entraram.
Subindo: PR +31%, RS +64%, SC +127%, MG +24%, MS +29%, MT +16%, TO +50% e PB +29%.
Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente: ES -6%, RJ -14%, SP +10%, DF 0%, GO +12%, AC 0%, AP 0%, PA +13%, RO +13%, AL -15%, BA -2%, MA 0% e PE -5%.
Em queda: AM -22%, RR -62%, CE -33%, PI -16%, RN -38% e SE -16%.
Atraso na divulgação
O Brasil chegou às 70 mil mortes por covid-19 notificadas pelo Ministério da Saúde no dia 10 de julho. Este marco, no entanto, pode ter sido atingido muitos dias antes. A causa é a diferença entre a data em que a morte aconteceu e o dia em que ela foi anunciada oficialmente.
Ao comparar dados dos registros de ocorrências das mortes com as notificações feitas pelo ministério e pelas secretarias da saúde estaduais e municipais, o portal UOL descobriu que os marcos de óbitos estão sendo divulgados pelo governo com pelo menos 10 mil mortes de atraso. Os dados oficiais são apurados pelas autoridades de saúde locais e consolidados por Brasília em nível nacional.
O motivo? Demora para inclusão no sistema nacional, atraso de resultados laboratoriais confirmando coronavírus, falta de equipamentos, entre outros.